É regra: Nas escolas francesas não se vai mais usar 'abaya'
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O ministro da Educação francês, Gabriel Attal, anunciou esta segunda (28), que não se poderá "mais usar 'abaya' na escola" em França, afirmando pretender dar "regras claras a nível nacional" aos dirigentes dos estabelecimentos escolares.
Questionado sobre este tema polémico após incidentes relacionados com o uso da 'abaya', um vestido longo tradicional ou túnica que cobre todo o corpo, explicou que gostaria de falar "a partir da próxima semana" com os responsáveis dos estabelecimentos escolares para ajudá-los a fazer cumprir esta proibição.
"A laicidade é a liberdade de emancipar-se através da escola", insistiu o ministro. Após ter sido nomeado para o Ministério da Educação e Juventude no final de julho, o governante considerou que ir à escola vestindo uma 'abaya' era "um gesto religioso destinado a testar a resistência da República sobre o santuário secular que deveria ser a escola" e prometeu ser "firme sobre o assunto".
"Ao entrar numa sala de aula, não deve ser capaz de identificar a religião dos alunos olhando para eles", afirmou novamente o ministro no canal TF1.
A questão do uso da 'abaya', que não é um símbolo religioso muçulmano segundo o Conselho Francês para o Culto Muçulmano (CFCM), já tinha sido objeto de uma circular do Ministério da Educação em novembro último. Nessa circular, as 'abayas' são consideradas - assim como as bandanas e as saias longas, também citadas - como trajes que podem ser proibidos se forem "usados de forma a manifestar ostensivamente uma filiação religiosa".
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