França apresenta plano de luta contra racismo, antissemitismo e discriminação
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INTERNACIONAL
A primeira-ministra francesa, Élisabeth Borne, apresentou esta segunda-feira (30) um plano de combate ao racismo, ao antissemitismo e à discriminação com base na origem, visando, em particular, tornar os jovens menos vulneráveis a mensagens de ódio
"É ao dar a conhecer que impedimos que a história se repita", disse Borne, cujo pai, judeu, foi deportado e depois se suicidou quando ela tinha 11 anos
Num procedimento pouco vulgar, o plano do Governo francês inclui explicitamente o combate à discriminação de pessoas de etnia cigana
Durante a sua escolaridade, cada aluno terá de participar na "visita de um sítio histórico ou memorial relacionado com racismo, antissemitismo ou anticigano", porque "é desde a infância que se podem estabelecer estereótipos", declarou a chefe do executivo francês
"É na nossa juventude que abundam algumas teorias da conspiração. É também sobre os nossos jovens que as mensagens de ódio nas redes sociais têm mais efeito", sublinhou
Borne prometeu "total firmeza na resposta a crimes" de racismo, antissemitismo e discriminação, permitindo "a emissão de mandados de detenção" contra pessoas que "usem indevidamente a liberdade de expressão" para esse fim. "Não haverá impunidade para o ódio", afirmou. Entre as medidas, prevê-se ainda o agravamento das sanções em casos de expressão racista ou antissemita por pessoas que pertençam às autoridades públicas
O novo plano 2023-2026 prevê uma série de medidas que afetam setores desde a educação ao emprego, à justiça e ao desporto
Tem como objetivo detetar e combater a discriminação no emprego, nas empresas, na escola, nos transportes e outras áreas e "desenvolver ferramentas" com plataformas digitais e influenciadores
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TEXTO: LUSA
FOTOGRAFIAS: GETTY IMAGES
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