Contribuições dos imigrantes deram mais de 1600 milhões de euros de lucro à Segurança Social
CLIQUE
MIGRAÇÃO
Os imigrantes deram mais de 1600 milhões de lucro à Segurança Social em 2022 e, segundo avança um relatório do Observatório das Migrações, citado pelo jornal Público, "alguns setores económicos entrariam em colapso" em Portugal sem eles.
Este é o "valor mais elevado de sempre" no que respeita a contribuições dos imigrantes e representa perto do dobro do número que foi revelado há quatro anos.
Trata-se de 1604,2 milhões de euros de lucro de um total de 7,5% de imigrantes na população portuguesa.
São mal pagos, encontram-se em trabalhos precários, nomeadamente em setores como o serviço doméstico, a restauração ou a hotelaria, mas apresentam uma taxa de atividade mais elevada em comparação com os portugueses.
Número de estrangeiros em Portugal duplicou em 10 anos
O número de estrangeiros em 2022 em Portugal era de 800 mil, o dobro de há 10 anos, um em cada três vive em risco de pobreza e já foi atribuída nacionalidade a meio milhão nos últimos 15 anos, avança a Lusa.
Num retrato da “população estrangeira e dos fluxos migratórios em Portugal”, a base de dados estatísticos da Fundação Francisco Manuel dos Santos procurou avaliar o número e as condições de vida dos imigrante ou a evolução das concessões de nacionalidade e de títulos de residência.
O estudo concluiu que 76% dos estrangeiros são originários de países extracomunitários, com uma taxa de desemprego mais do dobro da média nacional, ganhando, em 2021, uma estimativa de “menos 94€ mensais do que a média nacional”.
Só em 2022, “entraram em Portugal 118 mil imigrantes, o valor mais alto desde que há registo”, tendo saído 31 mil para fora, “menos 23 mil (- 43%) do que o registado no ano marcado pelo maior número de saídas, em 2013”.
O número de imigrantes diminuiu entre 2010 e 2015 mas, desde então tem havido um aumento muito grande e, como exemplo, entre 2018 e 2019, o crescimento foi de mais de 110 mil estrangeiros.
“Nos últimos 15 anos, a nacionalidade portuguesa foi atribuída a cerca de meio milhão de estrangeiros (468.665), residentes e não residentes em Portugal”, refere o Pordata, salientando que essa concessão foi dada maioritariamente a cidadãos não residentes no país nos últimos dois anos e, em 2022, um terço das atribuições de nacionalidade destinaram-se a descendentes de judeus sefarditas portugueses.
LEIA MAIS ARTIGOS
WEBSTORY: EXPRESSO
TEXTO: EXPRESSO E LUSA
FOTOGRAFIA: JASMIN MERDAN/GETTY IMAGES; D3SIGN/GETTY IMAGES
<!— netScope v4 – Begin of gPrism tag for AMPs -->