Chegou o dia. Simão Correia já teve alta hospitalar após transplante de medula em que o dador foi o próprio pai
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Chegou o dia que Simão Correia tanto desejou. O jovem de 24 anos, que havia sido diagnosticado com uma leucemia linfoblástica aguda tipo B, teve alta hospitalar esta sexta-feira (9), depois de uma fase de internamento de 42 dias na sequência de um transplante de medula óssea.
Na sua página de Instagram, Simão mostrou-se naturalmente muito feliz por mais uma conquista. "Vamos celebrar esta pequena grande vitória de hoje. Tive alta!", escreveu na publicação.
Desde o início do internamento que Simão partilhou diariamente com os seus seguidores como ia correndo cada dia e como se foi sentindo. Desta vez, chegou a publicação que todos queriam ver. Nos comentários à mesma, mais de 200 pessoas manifestaram toda a alegria que também sentiram. "És um herói", pode ler-se.
"Eram 16h e picos e pisguei-me dali para fora, passei na farmácia para ir buscar toda a medicação que tinha (estou a 28 medicamentos por dia), fui à Marginal ver o mar, vim para casa e comi uns nuggets (...) e depois enfiei-me na cama", escreveu Simão, admitindo, porém, que ainda se sente "meio abananado".
"Quero que saibam que estou muito, muito feliz e que esta fase já passou", acrescentou Simão, adiantando que agora terá de se deslocar ao hospital muitas vezes para que tudo continue a correr da melhor forma possível: "Já ouvi dizer que não vai ser pêra doce".
Durante os dias em que esteve internado, Simão Correia passou os dias "com a guitarra na mão a compor, a cantar e a tocar", tal como revelou ao Expresso a cerca de duas semanas de ter alta hospitalar. Esteve sempre "muito motivado", porque o transplante "correu bem" e o internamento "também estava a correr bem". "Quando não estou na guitarra, estou no computador entretido ou a ouvir música", revelou, na altura.
Simão Correia, recorde-se, esteve à procura de dadores de medula óssea durante meses mas, como não pôde esperar mais, o dador acabou por ser o próprio pai, com 58% de compatibilidade - não o ideal (90 ou 100%), mas o dador possível.
E este amor pela música? Antes de ter feito o transplante, com o próprio pai como dador graças a uma técnica criada em Itália - "transplante alogénico de progenitores" -, Simão Correia já havia confessado ao Expresso a paixão que sente pelas notas musicais.
Enquanto aguardou pelo transplante, Simão espalhou o seu talento. Quando partilhou a sua história, pegou na guitarra e fez uma canção que foi depois escolhida em jeito de apelo à doação de medula, intitulada 'Até ao Fim', que chegou a cantar na redação do Expresso. E foi aí que tornou a ligação à música num caso sério: começou a ser agenciado pela produtora Estúdio Zeco, do músico João Só.
Simão já apresentou em público canções originais, bem como músicas que têm sido importantes na sua vida. E também já entrou em palco no Espaço Moche, em Lisboa, em abril, com artistas convidados como Ana Bacalhau e Carolina de Deus, numa série de três concertos esgotados.
Recentemente, os D'ZRT juntaram-se também a Simão Correia numa campanha que apelou à consignação do IRS para a Associação Portuguesa Contra a Leucemia (APCL). Para apelar à doação de 0,5% do IRS e também de medula óssea, a propósito do caso de Simão, lançaram uma versão especial da música 'Herói por um dia', tema da boyband.
Simão esteve em fevereiro no Expresso da Manhã, onde contou a sua história e cantou 'Até ao Fim'
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WEBSTORY: PEDRO ALMEIDA
FOTOGRAFIAS: FACEBOOK/SIMÃO CORREIA; DIVULGAÇÃO; D.R.
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