A comida vai ficar mais barata com o IVA a zero? Respondemos às dúvidas
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INFLAÇÃO
Com a redução temporária do IVA para zero sobre 44 produtos alimentares considerados básicos, se ninguém faltar à palavra, vamos sentir um pequeno alívio. Mas o preço final depende de uma série de fatores
Com este IVA zero, vamos mesmo ter comida mais barata? Clique para conhecer as respostas
1.
Os alimentos vão mesmo ficar mais baratos?
No imediato, e a acreditar no ato de “boa fé” dos intervenientes que na passada segunda-feira assinaram o acordo para o IVA zero sobre um cabaz de 44 alimentos considerados básicos, sim
Embora em alguns produtos possamos estar a falar de uma poupança de apenas alguns cêntimos
Numa ida às compras no valor atual de 100 euros, a poupança, após entrar em vigor o novo IVA, será próxima dos 6 euros
2.
Mesmo com este acordo, os preços voltarão a oscilar?
Sim. É certo e seguro. Basta que os custos dos fatores de produção também variem – para cima ou para baixo – para que isso se reflita na nossa carteira-feira assinaram o acordo para
3.
A longo prazo, vamos todos pagar mais pela comida?
É praticamente garantido. Desde logo, porque ainda ninguém sabe ao certo até onde irá o cenário de inflação alta
Por outro lado ainda, teremos a comida mais cara porque as alterações climáticas vão continuar a entregar instabilidade permanente a quem produz alimentos
4.
Com a evolução da agricultura, será possível produzir mais e mais barato?
Admitindo que, de um dia para o outro, a Comissão Europeia autorizasse a utilização em massa de culturas de plantas geneticamente modificadas, mais robustas e mais produtivas – cenário muitíssimo pouco provável, até pela pressão crescente das organizações ambientalistas -, não seria de imediato que os efeitos da quantidade iriam pesar no prato da balança dos custos dos alimentos
5.
A aposta na agricultura biológica poderia ser solução?
Continua a ser uma alternativa. Mas é uma espécie de nicho (em Portugal representa pouco mais de 8% da superfície agrícola utilizada, na União Europeia cerca de 9%), com preços tendencialmente mais altos que os da agricultura não biológica
A agricultura biológica, embora esteja livre de químicos, é muito menos produtiva que a ‘convencional’, pois está mais exposta a pragas e doenças
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WEBSTORY: TIAGO SERRA CUNHA
TEXTO: VÍTOR ANDRADE
FOTOGRAFIAS: GETTY
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