“IAPMEI deveria ter um balcão de apoio ao investidor sustentável e um selo PME Sustentável”
O secretário-geral do BCSD Portugal defende que a Agência para a Competitividade e Inovação deveria apoiar as empresas na descodificação dos conceitos de sustentabilidade, ajudando-as assim a ter acesso a fundos europeus. Em conversa com o Expresso SER, João Wengorovius Meneses deixa um alerta às empresas: “as novas gerações querem fazer do consumo um ato de cidadania”
O Business Council for Sustainable Development (BCSD) Portugal é uma organização que reúne 157 empresas a operar em Portugal que, no total, têm vendas equivalentes a 10% do PIB. Em entrevista, João Wengorovius Meneses, secretário-geral do BCSD Portugal, defende que a Agência para a Competitividade e Inovação (IAPMEI) deveria ter um papel mais ativo na capacitação das empresas, sobretudo as PME, que não conseguem acompanhar o ritmo das novidades e das exigências no domínio da sustentabilidade.
A nível da governance, alerta para a chegada da diretiva do “dever de diligência” (due diligence directive), que vai obrigar as empresas a estarem mais atentas aos critérios de ESG (sigla inglesa para ambiente, responsabilidade social e governança) ao longo da cadeia valor e nas compras que fazem aos fornecedores: “Isto já acontece em muitas marcas têxteis e vestuário no norte da Europa que exigem aos nossos fornecedores portugueses garantias de que são sustentáveis para darem garantias aos seus clientes suecos que têm uma boa performance ESG”.
Para quem não conhece, o que é o BCSD Portugal de uma forma muito resumida? Nós fomos criados em 2001, por um grupo de empresários portugueses que percebeu que o tema da sustentabilidade ia ser decisivo para a competitividade das empresas ao longo deste século. Desde a génese, fazemos parte de uma rede global, chamada World Business Council for Sustainable Development (WBCSD), que foi criada em 1995, com o compromisso da Cimeira da Terra das Nações Unidas que teve lugar no Rio de Janeiro em 1992. Em 1992, as Nações Unidas dizem que as empresas têm de fazer parte da equação das respostas aos desafios da humanidade. Cria-se o WBCSD três anos depois, como interface com o setor privado. As empresas do WBCSD representam cerca de 10% do PIB mundial; tem sede em Genebra, na mesma rua que o World Economic Forum. Portanto, é uma espécie de World Economic Forum para a sustentabilidade. Tem presença e escritórios em muitas partes do mundo, como Tóquio ou Nova Iorque, e presença em 65 países, entre os quais Portugal.
E foi assim que nasceu a BCSD Portugal. Na viragem do século, os empresários perceberam que a sustentabilidade ia ser um tema decisivo, e também perceberam que a transformação digital ia ser o outro vetor de transformação das sociedades e da economia. Para esse efeito, e para apoiar as empresas nesta transição digital, criaram-se outras associações empresariais como a COTEC. A nossa lógica, mal comparada, é uma lógica semelhante à COTEC: eles para a inovação mais tecnológica, e nós para a inovação ESG.
A transformação digital avançou mais depressa; hoje ninguém pode dizer que está fora do digital. Mas este segundo vetor de sustentabilidade atrasou-se um bocadinho e, por isso, temos prazos muitos curtos. Em muitos aspetos aparecem combinados; por exemplo, em tudo o que são modelos de negócio da economia da partilha, nós temos as apps ao serviço da redução da pegada do sistema económico.
O grande entusiasta da criação do BCSD em Portugal foi o engenheiro Belmiro de Azevedo, e foi o primeiro presidente. Já agora, dos fundadores só está em atividade o Vasco de Mello. Neste momento, 22 anos depois da nossa fundação, representamos 157 empresas, empresas a operar em Portugal, e que representarão em volume de vendas equivalente a 10% do PIB. Por exemplo, do PSI-20 que eram 18 empresas, 15 eram nossos membros, mas temos vindo a diversificar para PME e para startups o nosso portfólio de membros.
Há algum critério para que uma empresa faça parte da vossa associação? Não há um critério, [as empresas] têm de transformar a cadeia de valor num modelo de negócio mais sustentável. Nós temos uma Carta de Princípios que convertemos numa ferramenta que ajuda as empresas a fazer um “assessment” do grau de maturidade de ESG da sua cadeia de valor e começar a traçar estratégias, aquelas que ainda não o tenham. Não há um due diligence que nós façamos de cumprimento de critérios muito fechados e muito quantificados, mas estamos um pouco a caminhar nesse sentido para acelerarmos a transição, mas numa perspectiva positiva de ajudar as empresas a perceber quais é que são os seus pontos fracos de riscos ambientais e sociais, e ajudá-las a ultrapassar isso.
E o que fazem para ajudar as empresas? Só para dar um exemplo, nós temos dois projetos: um é o act4nature Portugal e o outro o Pacto de Mobilidade Empresarial que começou em Lisboa, quando Lisboa foi Capital Verde; tinha mais de 100 empresas signatárias. Ora, as empresas para pertencerem a estes pactos e serem signatárias, têm de assumir pelo menos duas medidas de investimento específicas novas e têm de concordar com um conjunto de princípios gerais. É voluntária a adesão, mas aquelas que aderem nós verificamos se estão a cumprir as medidas com que se comprometeram.
“Representamos 157 empresas, empresas a operar em Portugal, e que representarão em volume de vendas equivalente a 10% do PIB.”
No caso do Pacto para a Mobilidade, nós replicamos o projeto para Braga; foi lançado no ano passado em parceira com a Câmara, com a presença do Presidente da República. Nesse caso tínhamos 25 medidas e as empresas tinham de adotar pelo menos duas para serem signatárias. São medidas como: ter uma frota de bicicletas para a mobilidade suave dos trabalhadores, alterar a frota para veículos elétricos, parqueamento especial para veículos partilhados ou elétricos, carregadores nas instalações para quem vai de bicicleta, ou salas equipadas com equipamentos para reuniões a distância para evitar deslocações.
As empresas do Pacto de Mobilidade tinham de fazer parte do BCSD? Não. Em Lisboa, por exemplo, nós tínhamos 100 signatários e muitos não eram nossos membros. Mas esta é uma forma de tornar prática a sustentabilidade, de tornar real a preocupação. Não fazemos uma auditoria do grau de cumprimento, fazemos mais pela positiva para identificar potencialidades e fragilidades das empresas.
Esta pacto já terminou? Em Lisboa aconteceu de 2020 a 2022, e avaliámos os impactos e reduzimos as emissões substancialmente por causa dessas medidas. E agora em Braga está a decorrer até ao final deste ano, e ainda nem está a meio.
E o que é o act4nature, muito resumidamente? O act4natureé umprojeto que apoia as empresas a valorizar o capital natural e a biodiversidade, a integrar essas dimensões de sustentabilidade nas suas decisões e modelos de negócios. Foi um projeto que começou em França, com o act4nature Internacional, com 64 multinacionais francesas a bordo, como a Louis Vuitton, a Michelin, a L'Oréal, por aí fora. E nós replicamos para Portugal em 2018. Vamos abrir agora uma quarta vaga de adesões, temos já mais de 50 empresas aderentes. Mas a logica é a mesma, ajudar as empresas com ferramentas práticas, com compromissos tangíveis e incorporar estes temas nas cadeias de valor.
Estes são os dois programas mais importantes do BCSD? São dois projetos sem dúvida importantes, não sei se serão os mais importantes. Nós apoiamos as empresas através de quatro eixos. Um é o eixo da formação, e vamos lançar agora em junho uma academia em que a Fundação Santander abriu um concurso para a distribuição de 600 bolsas para as PME terem formação connosco. Temos cursos nossos, temos cursos em parceira com a Porto Business School, temos um executive program que já vai na sua quinta edição, temos uma parceira com a Católica Lisbon, portanto temos muitos formatos de formação.
O outro eixo são grupos de trabalho. Temos cinco grupos de trabalho temáticos. Há grupo de trabalho, por exemplo, sobre finanças sustentáveis. Nós temos três sites: temos o nosso institucional e outros dois: o sustainablefinance.pt e o ods.pt. O “sustainablefinance” é sobre finanças sustentáveis e recebeu inclusive um prémio no ano passado da Euronext; e o ods.pt são os objetivos de desenvolvimento sustentável das Nações Unidas e é o site mais visto e mais consultado em Portugal sobre esse tema.
E qual é o outro eixo? Temos um outro projeto que é mais holístico, que é esta app que nós lançámos este mês e que permite às empresas medir o grau de maturidade das cadeias de valor, e que foi feita por uma software house portuguesa e a IBM deu apoio. É uma ferramenta prática. Eu tenho defendido muito que o IAPMEI deveria ter um balcão de apoio ao investidor sustentável e deveria ter uma certificação ou um selo PME Sustentável como tem na PME Inovação. Porque ao ritmo que estão a surgir as novidades as empresas não conseguem acompanhar. As linhas de financiamento europeias são neste momento volumosas em termos de financiamento da transição para a sustentabilidade, mas são complexas.
Como é que funciona esta aplicação (app)? A empresa responde a uma série de questões na app sobre ESG e a partir das respostas às questões a app diz em que estádio é que está e ficamos a saber o grau de maturidade da empresa neste tema da sustentabilidade. Em Portugal, a maior parte das empresas está em fases muito iniciais, a iniciar o percurso.
Há pouco tempo o BCSD fez um inquérito a 67 empresas sobre ESG, – e que o Expresso SER noticiou. Os resultados do inquérito surpreenderam? A Católica Lisbon tinha feito um estudo sobre ODS com uma amostra parecida de empresas portuguesas e os dois estudos até têm resultados relativamente parecidos. As empresas portuguesas têm tido imensos choques externos nas últimas décadas: primeiro o choque de incorporação de tecnologia e ganho de produtividade quando a mão de obra barata passou para a Ásia, e depois foi o choque de exigência de qualidade para aceder a mercados mais qualificados e exigentes. Mais tarde foi o choque da internacionalização e começaram a investir em marcas que tinham uma relação com o consumidor, ou seja, o B2C, para não sermos só fornecedores de marcas de terceiros. Depois foi o choque da digitalização e agora temos este choque externo de sustentabilidade.
Eu percebo que, nomeadamente para as PME, é complexo acompanhar e incorporar, porque não podem abandonar os temas anteriores. É cumulativo com o tema da sustentabilidade para manterem a resiliência e a competitividade. Muitas empresas ainda estão a tentar perceber o que é que se passa e, obviamente, que o facto de haver linhas de financiamento, subsídios e fundos de investimento, o mercado de dívida e o comportamento do consumidor a mudar nessa direção, isso leva as empresas a ter de mudar. Eu costumo sistematizar em seis os benefícios diretos das empresas na sustentabilidade.
Que benefícios são esses? O primeiro é a redução de custos; uma empresa que economiza matérias-primas, água e energia paga menos ao final do mês, portanto há um benefício direto e tangível. Muitas empresas entram na sustentabilidade por esta via, que são os ganhos de eficiência. A segunda razão é a gestão de riscos. Nós hoje não podemos deixar de ver a sustentabilidade como um fator decisivo para a gestão do risco, ambiental, social, empresas que provocam desastres ecológicos, que não aldrabam nas emissões, que têm assédio ou trabalho infantil no local de trabalho. Hoje em dia com um único tweet arruínas a reputação de uma empresa que leva anos a construir.
“80% do iPhone é natureza e são recursos escassos e finitos. Há um risco enorme de rutura, por exemplo, do lítio das baterias, da prata nos circuitos integrados, isso é tudo natureza.”
Mas também há a gestão de risco de escassez de matérias-primas e de aumento de preço das matérias-primas. Ainda no outro dia tive uma conversa com o responsável da economia circular da Apple e ele mostrou-me a composição de um iPhone, e 80% do iPhone é natureza e são recursos escassos e finitos. Há um risco enorme de rutura, por exemplo, do lítio das baterias, da prata nos circuitos integrados, isso é tudo natureza.
Quais são as outras razões? A quarta razão é a razão de fidelização e atração de clientes. Estas novas gerações querem fazer do consumo um ato de cidadania. E a mesma coisa para trabalhadores: o capital mais importante para as empresas é o capital humano e nós temos hoje um fenómeno chamado The Great Resignation que é um fenómeno de mercado sobretudo na Europa e nos EUA em que vemos as novas gerações a abandonarem os seus postos de trabalho nas empresas convencionais e multinacionais e a querer, por exemplo, vir para a Costa Vicentina fazer surf, fazer Ioga, ser nómadas digitais e trabalhar em algo com propósito, com significado. A quinta das seis é redução do custo de capital.
Sendo sustentável, é mais fácil chegar à banca. Sim, as empresas que não são sustentáveis são vistas como mais arriscadas e, portanto, têm de pagar um prémio de risco. Se ler as cartas que o Larry Fink da Blackrock escreve todos os anos, ele diz que as empresas que não tiverem um propósito não vão ter lucro.
O sexto e último benefício da sustentabilidade é o facto de ser uma enorme oportunidade de negócio e de investimento neste momento. Só o Pacto Ecológico Europeu (o Green Deal) vai investir até 2023 um bilião de euros. Mesmo a estratégia de Portugal, a Visão 2030, que norteia as estratégias do Governo no que toca aos Orçamentos de Estado e sobretudo os fundos comunitários, são quatro agendas; uma é a visão digital e as outras três têm a ver com a sustentabilidade social e ambiental. Temos uma Lei de Bases do Clima aprovada há um ano e isto vai ser cada vez mais exigente.
Há aqui há um grande desafio de ter o tal balcão de apoio ao investidor sustentável que descodifique isto, de ter o tal PME Sustentável. Há aqui um desafio de capacitar muito rapidamente o tecido empresarial e as empresas.
Se eu usar a vossa app e chegar à conclusão que estou numa fase insipiente em termos de sustentabilidade, o que é que faço a seguir? Vou bater à vossa porta? Eu costumo dizer que a sustentabilidade é uma jornada com várias etapas. A primeira coisa é que tem de haver uma equipa ou alguém que tenha essa responsabilidade, alguém que fica com o ónus de liderar a integração destes temas na empresa. Segundo, é preciso fazer um diagnóstico para perceber onde está a empresa. E esta ferramenta da app serve para isso. Depois é preciso definir estratégias que começam por ser incrementais.
Quem trabalha em inovação trabalha sempre em três horizontes: o horizonte incremental, o horizonte disruptivo e o horizonte moonshot. O incremental são as primeiras estratégias como ganhar eficiência energética e capacitar as equipas com novas competências. A seguir a isso as empresas podem começar a aderir a compromissos formais; nós temos uma Carta de Princípios, as empresas podem começar a tentar obter certificações, podem começar a fazer o reporte de informação não financeira. Podem começar a aderir a “ratings” para começarem a beneficiar de fundos de investimento ESG. Depois, então, podem desenvolver modelos de negócios disruptivos e, em muitos casos, até mudaram de modelo de negócio. Há muitas empresas que hoje em dia em vez de estarem a vender o produto, estão a vender o acesso ao produto.
Em Lisboa, há cerca de seis mil trotinetas partilhadas, geridas por oito empresas Foto João Cipriano
Eu estive em Tóquio há pouco tempo e há projetos que lhe entregam em casa dez peças de roupa por mês que você escolheu e em ótimas condições. Porque os estudos demonstram que 80% do nosso armário não tem uso regular (roupa e sapato) e isso é um desperdício de natureza. A pessoa não é dona da roupa, como não é dona do last mile da trotinete ou de uma bicicleta, e não precisa, precisa é de beneficiar do produto.
Vou dar-lhe um último exemplo. A União Europeia está neste momento a trabalhar num projeto chamado Passaporte Produto. Vai obrigar a empresa a dar ao consumidor final informação sobre a pegada ambiental e social dos seus produtos para que quando compra uma t-shirt saiba qual é a pegada carbónica, hídrica e social. A ideia é fazer do consumo um ato de cidadania. Só isto vai obrigar as empresas a medirem os seus riscos, os impactos e dependências e a definir métricas.
Como consumidor, como é que hoje em dia posso distinguir uma empresa que está a fazer greenwashing de uma empresa que quer genuinamente ser sustentável? Já agora, só uma ligeira provocação. O greenwashing tem um aspeto positivo que é obrigar as empresas a walk the talk, porque as empresas que anunciam compromissos que não cumprem, com as redes sociais, com a Internet, facilmente se percebe quando não estão a cumprir. E para não perderem reputação e credibilidade vêem-se obrigadas a cumprir. Isto é o lado cínico, mas há um lado positivo no greenwashing.
Dito isto, é uma área que nós estamos a começar a trabalhar com as empresas, e em muitos casos o greenwashing até é involuntário. Por exemplo, uma marca de azeite portuguesa aqui há uns tempos fez um anúncio televisivo e que depois retirou muito rapidamente, que era um azeite premium de azeitonas colhidas ao luar. Isso é uma tragédia para a biodiversidade, porque as aves dormem nas árvores durante a noite e se fossem às azeitonas à noite seria uma mortandade. Isto do azeite de azeitonas colhidas ao luar parece muito poético, mas não tem poesia nenhuma do ponto de vista ambiental.
Às vezes o greenwashing é involuntário, mas é verdade que as empresas têm que acelerar e a regulação tem de ser mais exigente, tem de dar incentivos, mas também tem de exigir mais. Por exemplo, este princípio do tax what you burn, not what you earn, nós temos de ser capazes de rever a nossa política fiscal de maneira que ela incentive a transição.
A governance no vosso inquérito e noutros do género aparece sempre como a opção ESG menos escolhida e menos trabalhada por parte das empresas. Acha que aqui há um caminho mais longo a fazer? A governance é uma das áreas em que a União Europeia está a aumentar mais as exigências, nomeadamente duas importantes. Uma é o “dever de diligência”, que é uma diretiva que há de estar para breve, e diz que as empresas têm de provar que são diligentes relativamente às suas cadeias de valor ou o que acontece a montante, ou seja, não basta dizer que as minhas operações respeitam a legislação laboral, as comunidades locais e os sistemas ambientais. Isto já acontece voluntariamente em muitas marcas têxteis e vestuário no norte da Europa que exigem aos nossos fornecedores portugueses garantias de que são sustentáveis para darem garantias aos seus clientes suecos que têm uma boa performance ESG. Portanto, a governance está a evoluir para o dever de diligência. Dostoiévski dizia que nós somos todos responsáveis por tudo, perante todos. Ou seja, é a lógica que a minha responsabilidade não se esgota no meu backyard.
A outra é a diretiva da Corporate Sustainability Reporting Directive, de reporte de informação não financeira. Ao longo dos próximos anos vamos ter cada vez mais empresas abrangidas pela obrigatoriedade de reporte. E estas duas medidas de governance, que ajudam a tornar transparente os seus impactos nas empresas e as suas cadeias de valor, são duas das medidas que a nível da governance vão fazer toda a diferença.
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