Saúde

Venda de medicamentos para crianças hiperativas dispara no pós-covid

Venda de medicamentos para crianças hiperativas dispara no pós-covid
Joe Raedle/Getty Images

Venda de Ritalina ou outros fármacos para o défice de atenção atingiu o valor mais alto desde que se iniciou a sua comparticipação, em 2003. Pediatras ouvidos pelo JN veem aqui uma relação direta com o regresso à atividade escolar normal

Os medicamentos para crianças hiperativas estão a registar em Portugal vendas recorde, isto após o fim da pandemia e com o regresso à atividade escolar normal, segundo avança esta segunda-feira o Jornal de Notícias (JN).

Em 2022, 288 mil embalagens de medicamentos contendo metilfenidato (comercializado sob as designações de Ritalina, Concerta e Rubifen) foram prescritos, comparticipados e dispensados nas farmácias comunitárias, segundo dados fornecidos ao jornal pela Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed).

Este máximo de vendas registado no ano passado representa um aumento de 10% face a 2019, ano de pré-pandemia, na dispensa destes medicamentos pelas farmácias portuguesas.

Pediatras ouvidos pelo JN veem nesta situação uma relação direta com o ensino à distância imposto pela pandemia e o regresso à escola, com o fim da crise sanitária – não faltando especialistas em neurodesenvolvimento que consideram haver “um uso abusivo deste fármaco”, que, “muitas vezes, pode condicionar” que se faça “uma intervenção comportamental”.

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