Os enfermeiros dos hospitais de Santa Maria e do Pulido Valente, em Lisboa, estiveram em greve esta manhã. Queixam-se da falta de profissionais e das más condições de trabalho, incluindo doentes em macas nos corredores. Exigem ainda o pagamento com retroativos dos trabalho extraordinário e dos feriados em dívida.
Célia Carvalho é enfermeira há 26 anos e só em janeiro subiu à categoria três de uma profissão com 11 escalões. Sente-se injustiçada e refere que, ao ritmo que tem subido de escalão tem de “trabalhar mais de 100 anos” para atingir o topo da carreira.
Este é apenas um exemplo, entre os vários enfermeiros que esta quinta-feira se manifestaram nos hospitais de Santa Maria e do Pulido Valente, em Lisboa.
O que exigem os enfermeiros
Os profissionais exigem a valorização da carreira, a contratação de mais profissionais e os mesmos dias de férias para todos, incluindo os que têm contratos individuais de trabalho.
No passado dia 3 de março, o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses esteve reunido com a administração do Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Norte e recebeu a garantia de que as principais reivindicações seriam atendidas.
Em maio haverá greve nacional
Mas, um mês depois nada tinha sido feito e, por isso, os enfermeiros voltaram a concentrar-se à porta dos hospitais de Santa Maria e do Pulido Valente, numa greve parcial que começou às oito da manhã e terminou às 13:00.
Asseguram que há pagamentos em atraso do trabalho extraordinário e dos feriados e estão fartos de ver doentes em condições degradantes.
No próximo dia 12 maio está já marcada uma greve nacional de enfermeiros.
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