Uma equipa do Instituto de Investigação e Inovação em Saúde (i3S), no Porto, descobriu o mecanismo que leva ao aparecimento do lúpus. A descoberta foi premiada por uma associação americana que se dedica a estudar a doença. Com o dinheiro, os investigadores portugueses querem avançar para um ensaio clínico daqui a cinco anos.
Através da análise de biópsias de rim de doentes com lúpus, a equipa do I3s percebeu que os açúcares designados por glicanos e que cobrem todas as nossas células têm um papel determinante no desenvolvimento desta doença autoimune.
O lúpus é uma doença crónica que torna o organismo incapaz de distinguir as próprias células de outros microrganismos como vírus ou bactérias.
A descoberta foi premiada pela associação americana Lupus Research Alliance que, pela primeira, vez atribui este reconhecimento a um projeto feito na Europa.
A equipa vai receber 280 mil euros para desenvolver um tratamento para o lúpus.
Os investigadores do i3S vão ainda tentar perceber se este mecanismo está presente noutras doenças autoimunes.
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