16 novembro 2013 10:03
"Isto não é uma competição, é uma celebração", refere o organizador dos Jogos Indígenas que decorrem até sábado no Brasil, contando com a participação de mais de 1500 índios.
16 novembro 2013 10:03
Mais de 1500 índios estão a participar na 12ª edição dos Jogos Indígenas que têm lugar até sábado em Cuiabá, capital do estado brasileiro de Mato Grosso, na região da Amazónia.
O encontro reúne 49 tribos do Brasil com tribos oriundas de outros 17 países.
"Nós não estamos a procurar coroar campeões ou encontrar grandes atletas", explicou o organizador do evento, Carlos Terena. "Isto não é uma competição, é uma celebração. Competição é uma coisa mais do mundo ocidentalizado", acrescentou.
Os Jogos Indígenas são apresentados como uma alternativa "holística", em contraponto com o espírito do Mundial de Futebol e dos Jogos Olímpicos, que o Brasil irá receber, respectivamente, em 2014 e 2016.
O encontro decorre numa área de sete hectares onde são levados a cabo desportos tribais, como "xikunahity", uma espécie de futebol em que os jogadores apenas podem tocar na bola com a cabeça, ou provas de arco e flecha.
Oportunidade rara de tribos interagirem
Todos os participantes são contemplados com 'medalhas' feitas de madeira, sementes e outros materiais vindos da natureza.
A segurança alimentar é um dos temas que está em foco no encontro deste ano, que encoraja as tribos de vários pontos a trocarem sementes das suas regiões.
"Para lá do facto das nossas línguas serem diferentes, assim como a cor da nossa pele, nós estamos aqui unindo-nos com um só coração. Esse é o espírito índio", afirmou Amelia Reina Montero, da tribo mexicana Nahua, de visita pela primeira vez ao Brasil.
Os jogos surgem como uma oportunidade rara de interação entre várias tribos de diversos pontos da América, algumas das quais ainda com pouco contacto com o mundo exterior.




















