3 junho 2011 16:00
Ajudou mais de 100 pessoas a morrer. Acérrimo defensor da eutanásia, o médico norte-americano Jack Kevorkian morreu hoje aos 83 anos. Optou pelo suicídio assistido.
3 junho 2011 16:00
Morreu hoje nos Estados Unidos um dos mais polémicos defensores da eutanásia. Ironia do destino, ou talvez não, o médico patologista, Jack Kevorkian, 83 anos, conhecido como "Dr. Morte", recorreu ao suicídio assistido para colocar um ponto final na sua vida.
Jack Kevorkian realizou o seu primeiro suicídio assistido em junho de 1990, numa professora do Oregon que sofria de Alzheimer.
Até março de 1999, ano em que foi condenado a uma pena de prisão de 10 a 25 anos, num estabelecimento de alta segurança, enfrentou sucessivas batalhas legais pelo direito a uma morte com dignidade.
Durante este período ajudou mais de 100 pessoas, condenadas pela doença, a colocar termo à vida, combatendo um dos maiores tabus das sociedades modernas: a eutanásia.
Figura controversa, os críticos de Jack Kevorkian reconhecem que, fruto da sua persistência, a classe médica norte-americana passou a dar mais atenção à fase terminal dos doentes, assistindo-se a um crescimento, sem precedentes, dos cuidados paliativos nos EUA.
O Oregon foi o primeiro Estado a legalizar a prescrição médica de drogas letais a doentes terminais, corria o ano de 1997. Em 2006, o Supremo Tribunal reconheceu que Lei pelo Direito a uma Morte Digna do Oregon, consagrava uma prática médica legítima.