Sociedade

Criança terá ido parar ao meio do mato durante a madrugada

22 janeiro 2014 15:00

Marta Caires, correspondente na Madeira

Levadeiro que encontrou Daniel diz que o menino estava muito abaixo do trilho da levada. Observação médica indica que não podia estar há muitas horas no lugar onde foi encontrado.

22 janeiro 2014 15:00

Marta Caires, correspondente na Madeira

Daniel, a criança que esteve desaparecida cerca de três dias no Estreito da Calheta, foi encontrada no meio das feiteiras, 30 metros abaixo do trilho da Levada Nova, a cerca dois quilómetros da casa onde desapareceu.

Manuel Teixeira, o levadeiro que o encontrou, disse ao Expresso que foi o choro da criança que o alertou, de outra maneira não teria dado conta da presença do menino de 18 meses.



"Eram 8h20, a gente tinha ido arranjar a levada nos Lameiros quando eu ouvi um pequeno a chorar. Estava no meio das feiteiras e dos eucaliptos, quem passasse não via nada". A criança estava molhada, com frio e, segundo Manuel Teixeira, os médicos disseram-lhe que Daniel estava ali desde as três ou quatro da manhã.



A zona onde foi encontrada a criança é percorrida todos os dias pelos levadeiros, os homens que limpam e arranjam as levadas. Manuel Teixeira garante que o menino não estava ali antes. Apesar de distar cerca de dois quilómetros da casa onde desapareceu no domingo, o local é de difícil acesso e praticamente impossível de percorrer por uma criança tão pequena.



O local, que tem acesso pelo trilho da levada e por um caminho de terra batida,  foi alvo de perícias. As investigações procuram agora pistas para esclarecer como Daniel veio ali parar. Desde o início, quando foi dado alerta, que o desaparecimento é um mistério. O rasto da criança esfumava-se à porta da casa dos padrinhos, onde decorria o convívio familiar, durante o qual tudo se terá passado.



Três dias depois, Daniel aparece no meio do mato, sem sinais de maus-tratos.