Coronavírus

Campanha outono/inverno vai arrancar sem a garantia de nova vacina contra a covid-19, admite Durão Barroso

Campanha outono/inverno vai arrancar sem a garantia de nova vacina contra a covid-19, admite Durão Barroso
ALEXANDRE MENEGHINI/REUTERS

Doses de reforço para mais de 60 anos vão arrancar na próxima segunda-feira. Vacinas de segunda geração já estão a ser distribuídas na Inglaterra, mas ainda não estão generalizadas no mercado, reconhece o presidente da Aliança Global para as Vacinas

O presidente da Aliança Global para as Vacinas (GAVI), José Manuel Durão Barroso, acredita que não falta muito para que as vacinas de segunda geração contra a covid-19 estejam generalizadas no mercado. “Em Inglaterra já estão a distribuí-las” diz Durão Barroso, em declarações ao jornal “Público”, durante o Summer CEmp, uma iniciativa da representação da Comissão Europeia em Portugal, que decorre na Ribeira Grande, nos Açores.

Apesar de já estarem a ser comercializadas, o presidente da GAVI não tem a certeza de que exista capacidade de escalar a produção para satisfazer as necessidades mundiais a tempo do próximo inverno. “O mais provável é que esta doença continue como endémica e seja necessário adaptar vacinas periodicamente, como acontece com o vírus da gripe”, disse.

A nova fase de vacinação, em Portugal, arranca a 5 de setembro, com as doses de reforço para os maiores de 60 anos. Para além disso, a Direcção-Geral da Saúde (DGS) tem como objetivo vacinar as crianças. De acordo com os últimos dados, analisados pelo mesmo jornal, só 43% das crianças entre os 5 e os 11 anos têm o esquema vacinal primário concluído, um número muito distante das restantes faixas etárias.

“A conclusão dos esquemas atualmente recomendados para as pessoas com 5-17 anos (esquema vacinal primário) e para as pessoas com mais de 18 anos (reforços)” são algumas das prioridades assumidas pela DGS nas Linhas Orientadoras outono-inverno 2022/23. Para além disso, segundo o “Jornal de Notícias”, os "adolescentes com 12-17 anos e pelo menos uma das comorbilidades" já identificadas (neoplasia maligna ativa, diabetes, doenças neurológicas, cardiovasculares e pulmonares) estão elegíveis para a dose de reforço.

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