Coronavírus

Imunidade de grupo pode ser atingida em Portugal “mais no início” do que no fim do verão, adianta secretário de Estado da Saúde

Imunidade de grupo pode ser atingida em Portugal “mais no início” do que no fim do verão, adianta secretário de Estado da Saúde
RODRIGO ANTUNES/LUSA

Diogo Serras Lopes avançou que a meta dos 70% pode ser alcançada mais cedo se as vacinas contra a covid-19 continuarem "a chegar a um bom ritmo"

O secretário de Estado da Saúde, Diogo Serras Lopes, admitiu esta segunda-feira que a meta da imunidade de grupo (70%) pode ser atingida, em Portugal, durante o início do verão. "Há algumas indicações, caso as vacinas continuem a chegar a um bom ritmo, de que essa meta possa ser atingida mais no início do verão do que no final", adiantou Serras Lopes. O secretário de Estado da Saúde marcou presença no novo centro de vacinação em Portimão, inaugurado esta segunda-feira.

Portugal já atingiu o marco das três milhões de doses dadas. Deste valor, mais de 2,1 milhões correspondem às primeiras doses. A propósito destes dados, Serras Lopes diz que "a percentagem de população portuguesa vacinada não deve andar longe dos 25%”. Por outras palavras, isto significa que “uma pessoa em cada quatro”, ou um quarto dos portugueses, já recebeu a primeira dose da vacina contra a covid-19.

A taxa de imunização (por infeção natural) em Portugal é de 13,5%, segundo os resultados preliminares da segunda fase do inquérito serológico desenvolvido pelo Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge, revelados esta segunda-feira. Questionado se esta taxa representa um valor baixo, o secretário de Estado da Saúde respondeu que "não é pouco", é, aliás, "um número bastante relevante".

Serras Lopes também se pronunciou sobre a vacina da Johnson & Johnson, que "ainda está à espera que a norma da Direção-Geral da Saúde (DGS) seja publicada". A partir desse momento, "será imediatamente administrada". Segundo o responsável do Governo, "à partida a vacina não terá uma indicação específica". "O máximo que poderá ter é algum tipo de restrição relativamente à idade, como a da AstraZeneca tem neste momento”, adiantou ainda aos jornalistas.

Serras Lopes considera que o fármaco da Johnson & Johnson será "uma grande ajuda". Como é de dose única, "permite dar só uma vacina e considerar essa pessoa logo imunizada", o que "reduz para metade o número de vacinações que temos de dar".

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