13 maio 2020 17:19
As startups estão mais otimista, dois meses após o início da pandemia, referem as conclusões do estudo “O Ecossistema de Empreendedorismo Português e o Covid-19 – Análise do Impacto”.
foto josé caria
As startups estão hoje mais otimistas do que estavam há dois meses. Com a pandemia, uma pequena minoria efetuou despedimentos, mas 67,2% teve de reduzir custos em serviços contratados e em marketing
13 maio 2020 17:19
Um inquérito a 61 presidentes executivos e fundadores de startups com escritórios em Portugal, revela que mais de metade (59%) assumem estar a sofrer impactos negativos provocados pela pandemia e um terço estão a sofrer perdas nas vendas superiores a 60%.
No entanto, a perceção do futuro destas empresas é mais otimista agora do que há dois meses, quando do primeiro inquérito realizado pela parceria entre a empresa de consultoria de inovação Aliados Consulting e a agência de comunicação FES Agency. Agora, cerca de metade das startups espera que a situação das vendas evolua de forma positiva nas próximas semanas.
No entanto, 49,2% destas firmas tem apenas até seis meses de capital disponível, o que significa poder ter a sobrevivência em risco caso a situação débil em vendas e em atividade se prolongue.
Para já, as startups não estão a despedir
Das 61 empresas inquiridas, nove em cada dez ainda não despediram qualquer trabalhador nem planeiam fazê-lo nos próximos três meses e oito em cada dez também não cortaram nos salários, enquanto 44,3% pretendem, até, contratar, principalmente pessoas com perfil tecnológico. Já os trabalhadores das áreas de marketing e de vendas foram os mais afetados pelos despedimentos.
A análise “O Ecossistema de Empreendedorismo Português e a COVID-19” revela ainda que, ao jeito português, uma grande fatia (72,13%) tem procurado soluções alternativas para se financiar, seja através de projetos como o Portugal 2020 ou através do setor bancário.
Medidas de apoio do governo não reúnem consenso
Uma grande percentagem (59%) das startups ainda não usufruiu de quaisquer medidas excecionais de apoio às PME e micro empresas anunciadas pelo governo, ainda que o layoff simplificado tenha sido a mais “popular”, abrangendo 11,5% delas.
Ainda assim, mais de metade da amostra (55,7%) pretende usufruir das medidas específicas para startups anunciadas pelo executivo, como são exemplos a “StartupRH Covid19”, a “Startup Voucher” e a “Vale de Incubação”.
No entanto, parece não haver consenso: as medidas são consideradas irrelevantes ou pouco relevantes por grande parte das empresas.