Uma falha numa válvula de pressurização levou ao adiamento do primeiro teste de voo da Starship. Objetivo da nave era dar praticamente uma volta à Terra. SpaceX de Elon Musk vai “tentar de novo em poucos dias”
Foi adiado o primeiro voo de teste da Starship, a maior nave espacial da SpaceX, que quer levar os seres humanos à Lua e a Marte. O lançamento estava previsto para as 14h15 desta segunda-feira (hora em Portugal continental), mas teve de ser adiado devido a uma falha numa válvula de pressurização, adiantou Elon Musk, fundador e CEO da SpaceX.
“Uma válvula de pressurização parece estar congelada, por isso, a menos que comece a funcionar em breve, não haverá lançamento hoje”, informou Musk no Twitter. Poucos minutos depois, a SpaceX revelou também que o primeiro teste de voo já não iria ser realizado esta segunda-feira, garantindo que “a equipa está a trabalhar rumo à próxima oportunidade disponível”.
Se esta primeira tentativa tivesse sido bem-sucedida, a maior nave da SpaceX — com 120 metros de altura e seis motores próprios — ter-se-ia soltado do seu propulsor Super Heavy ao fim de três minutos, a partir das instalações da SpaceX em Boca Chica, no Texas, para dar praticamente uma volta inteira à Terra. Ao fim do voo orbital de cerca de uma hora e meia, a Starship cairia então no Oceano Pacífico.
Ainda não é certo quando é que o primeiro voo será testado outra vez: Elon Musk, também CEO do Twitter, disse apenas na sua rede social que iam “tentar de novo em poucos dias”. Se o desejo manifestado por Musk no início do mês passado for cumprido, o primeiro lançamento da Starship acontecerá ainda em abril.
Uma das grandes missões da Starship é levar o Homem (outra vez) à Lua dentro de cerca de dois anos — a nave foi selecionada pela NASA para ser o veículo espacial que levará astronautas à superfície lunar em 2025. Outra grande missão é “levar a vida além da Terra”, em concreto rumar até Marte. Como referiu Elon Musk, a Starship foi projetada para ser “totalmente reutilizável” e pode permitir uma vida “multiplanetária”, tornando “real a vida em Marte”.
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