Ciência

Webb revela a “mão fantasmagórica” dos Pilares da Criação, uma maternidade de estrelas

Pilares da Criação
Pilares da Criação
NASA, ESA, CSA, STScI

Milhares e milhares de jovens estrelas formaram-se ao longo de muitos milénios e outras continuam a nascer nesta região empoeirada, localizada a 6500 anos-luz de distância

Esta não é a primeira vez que os Pilares da Criação, aglomerados de poeira e gás localizados na Nebulosa da Águia, são observados pelos telescópios, mas o potente e revolucionário James Webb foi capaz de captar os mais maravilhosos retratos desta região situada a 6500 anos-luz de distância.

Estas estruturas foram vistas pela primeira vez em 1995, através do telescópio espacial Hubble, e revisitadas em 2014.

Agora, a NASA divulgou duas novas imagens desta maternidade estelar e a segunda, partilhada esta sexta-feira, foi captada pela câmara MIRI do Webb, capaz de observar no infravermelho médio, comprimento de onda em que as estrelas surgem menos brilhantes, o que cria um cenário mais sombrio.

“Bem a tempo do Halloween, os Pilares da Criação voltam a estender-se como uma mão fantasmagórica. A paisagem misteriosa, capturada desta vez pelo instrumento de infravermelho médio do Webb, destaca as camadas de poeira antigas com novos detalhes”, refere a agência espacial norte-americana no Twitter. As zonas onde a poeira é mais densa são as que aparecem em tons de cinza mais escuros.

Milhares e milhares de jovens estrelas formaram-se ao longo de muitos milénios e outras continuam a nascer nesta região repleta de poeira e gás, algo que se torna bem mais notório na exuberante e detalhada imagem dos Pilares da Criação, revelada a 19 de outubro, captada pela NIRCam do James Webb, desenhada para enxergar no infravermelho próximo, luz invisível aos nossos olhos.

Pilares da Criação
NASA, ESA, CSA, STScI

Através da lente da NIRCam, “os pilares tridimensionais parecem majestosas formações rochosas, mas são muito mais permeáveis”, aclara a NASA em comunicado. “As estrelas recém-nascidas são as protagonistas desta imagem da câmara de infravermelho próximo”, mas tornam-se menos evidentes no infravermelho médio, uma vez que ainda estão cercadas por poeira.

Mas, afinal, como nasce uma estrela? “Quando se comprime material com massa suficiente dentro dos pilares de gás e poeira, estes começam a colapsar sob a sua própria gravidade, aquecem lentamente e, por último, formam novas estrelas”, explica a NASA.

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