Ciência

Sonda Solar Orbiter desvendou o mistério dos ziguezagues na coroa do Sol

Imagem da totalidade do Sol, sob a respetiva coroa solar. A imagem foi captada pelo conjunto de sensores e telescópios EUI, que segue a bordo da sonda espacial desenvolvida em parceria pela ESA e a NASA
Imagem da totalidade do Sol, sob a respetiva coroa solar. A imagem foi captada pelo conjunto de sensores e telescópios EUI, que segue a bordo da sonda espacial desenvolvida em parceria pela ESA e a NASA
ESA/NASA

A sonda fez a maior aproximação ao Sol, já dentro da órbita de Mercúrio, onde resistiu a temperaturas de 500º Celsius

A sonda Solar Orbiter, desenvolvida pela Agência Espacial Europeia (ESA) e pela NASA, acaba de desvendar o mistério dos ziguezagues magnéticos na coroa do Sol que, de acordo com os dados recolhidos, aceleram e aquecem os ventos solares.

As recentes observações da Solar Orbiter mostram que os ziguezagues em forma de S estão diretamente relacionados com deflexões repentinas no campo magnético solar.

Lançada em fevereiro de 2020, a sonda fez em março deste ano a maior aproximação ao Sol, resistindo a uma temperatura de 500º Celsius e captando imagens da estrela dentro da órbita de Mercúrio, com o objetivo de estudar o campo magnético solar.

A Solar Orbiter visa obter também as primeiras imagens dos polos do Sol, essenciais para se compreender a atividade e o ciclo da nossa estrela.

Esta é a primeira sonda europeia a passar para lá da órbita de Mercúrio e conta com tecnologia portuguesa, das empresas Critical Software e Active Space Technologies.

A Critical Software concebeu vários sistemas de software da sonda, como os sistemas de comando e controlo, de deteção e recuperação de falhas e de gestão de comportamento térmico.

A Active Space Technologies, por sua vez, fabricou componentes em titânio para o braço de suporte e orientação da antena de comunicação da sonda com a Terra e canais igualmente de titânio, para a passagem de luz, que atravessam o escudo térmico do aparelho.

A Solar Orbiter está equipada com dez instrumentos para observar a superfície turbulenta do Sol, a sua atmosfera exterior e as alterações no vento solar (emissão contínua de partículas energéticas a partir da coroa, a camada mais externa da atmosfera solar).

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: amcorreia@expresso.impresa.pt

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