A fuga de uma substância química de um veículo pesado na Amadora levou a que, nesta tarde, tivessem de ser evacuados edifícios e lojas num raio de 150 metros. O alerta foi dado por volta das 12h15, e bombeiros e Proteção Civil foram chamados ao local. O comandante dos bombeiros da Amadora, Mário Conde, esclareceu que a fuga do produto químico se deveu ao “mau fecho do tamponamento da boca de óleo do tanque” de um veículo pesado.
Quase cinco horas depois, e com os trabalhos praticamente concluídos, o responsável dos bombeiros garante que a fuga foi escassa e “fácil de controlar”, apesar de se tratar de uma substância “altamente inflamável e altamente tóxica”, que, no limite, “poderia provocar alguns estragos”. Não há, contudo, nem vítimas nem danos a registar.
Em declarações aos jornalistas, Mário Conde confirma a chamada da população por volta da hora de almoço nesta segunda-feira, mas admite que a viatura já se encontrava estacionada no local desde sábado. Trata-se de um veículo espanhol, cujo motorista já foi identificado e encontra-se dentro da viatura. Segundo os bombeiros da Amadora, a fuga resultou do erro de uma empresa (cujo anonimato foi preservado pelo comandante no local), aquando do encerramento da boca do tanque.
Para a área evacuada, foram também chamados "meios diferenciados”, como uma viatura de matérias perigosas dos Regimento de Sapadores de Lisboa, para verter para recipientes próprios o produto em causa.
As pessoas não voltaram ainda às suas casas, mas já puderam entrar para arejar as habitações, abrindo as janelas. A estrada também continua encerrada, porque “ainda há cheiros e ainda pode haver resíduos”, de acordo com o porta-voz dos bombeiros. As vias serão reabertas quando estiverem reunidas as condições de segurança.
O produto, depois de recolhido pela Proteção Civil municipal, seguirá para as instalações da Resiquimíca, a empresa para onde se dirigia. Durante os trabalhos dos bombeiros da Amadora e da Proteção Civil, foi ainda colocada uma tenda “para colmatar gases libertados pelo produto”, explicou Mário Conde.
Neste momento, já não há riscos para a população, e a situação está “controlada”, diz também Mário Conde, que determina um prazo para a conclusão dos trabalhos: “Mais uma hora e a situação está resolvida”.
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