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Sociedade

Médico falsifica gravidez da mulher para receber 96 mil euros em subsídios

Profissional de saúde do Hospital de Abrantes começou a ser julgado com a companheira. Em tribunal disse estar "arrependido" e "envergonhado, mas assumiu que engendrou o esquema "por pura ganância"

Um médico ginecologista do Hospital de Abrantes falsificou uma gravidez da própria mulher para obterem, indevidamente, 96 mil euros em subsídios da Segurança Social.

O clínico, de 38 anos, e a companheira estão a ser julgados no Tribunal de Santarém pelo esquema de falsificação de documentos. Durante o julgamento, o médico afirmou estar “arrependido” e “envergonhado” do que fez, mas assumiu também que agiu “por pura ganância”.

O casal já devolveu o dinheiro ao Estado e aguarda agora pela decisão do tribunal. O médico continua a exercer, mas num consultório particular, já que foi dispensado e denunciado à Justiça pelo Hospital de Abrantes.

Contratou mulher e alegou gravidez de risco

O esquema fraudulento começou depois de o médico contratar a mulher para a sua empresa, em troco de um salário de 4750 euros.

Depois usou as credenciais de acesso de outros dois clínicos do hospital para entrar no sistema que permite emitir receitas e atestados.

Desta forma, registou a companheira como utente da unidade hospitalar entre 2020 e 2021 e, a partir daí, emitiu um total de nove certificados de incapacidade temporária para o trabalho por uma suposta gravidez de risco, que nunca existiu.

A Segurança Social acabou por pagar as baixas fraudulentas, que atingiram um total de 96 mil euros.

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