Quinze imigrantes do Bangladesh viviam num prédio degradado, sem contrato nem condições de segurança. Derrocada do edifício na quinta-feira passada deixou-os sem nada. Responsabilidade é da Segurança Social, remete a Câmara, que admite dar apoio financeiro. Está marcado um protesto para terça-feira
Jornalista
Rua 31 de janeiro, centro do Porto. Ali entre a Estação de São Bento e a Igreja de Santo Ildefonso, bem perto dos Aliados, há muito que o número 55 revelava sinais de degradação nos seus três andares, já com poucos azulejos verde menta a dar cor à fachada estreitinha. As obras de reabilitação que decorriam no prédio vizinho aumentavam ainda mais a instabilidade da estrutura, mas os 15 moradores, todos imigrantes do Bangladesh, 11 a viver num único piso, a dormir por turnos, fechavam os olhos ao perigo por ausência de alternativa habitacional que pudessem pagar. Por volta das 18h de quinta-feira, dia 27 de abril, a parede do piso superior entre os dois prédios aluiu ao nível do último andar e provocou a derrocada parcial do interior.
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