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Sociedade

"A verdadeira razão para o aumento de reformas é que o Governo está preocupado um cenário de eleições antecipadas, e deve estar"

Comentador da SIC revela que vai sair uma sondagem esta segunda-feira dando conta que - pela primeira vez nos últimos anos -, o PSD aparece à frente do PS nas intenções de voto. Partido Socialista surge a perder 13 pontos percentuais

A “verdadeira razão” para o Governo ter mudado de opinião e decidir esta semana avançar com aumentos de reformas “é porque está preocupado com um cenário de eleições antecipadas, e tem boas razões para se preocupar”, destacou Luís Marques Mendes, no seu habitual espaço de comentário no Jornal da Noite da SIC ao domingo.

Marques Mendes revelou que esta segunda-feira, 24 de abril, vai ser divulgada uma sondagem do Diário de Notícias e Jornal de Notícias, realizada pela Aximage, “em que o PSD está ligeiramente à frente, em três décimas, do PS, pela primeira vez nos últimos anos”, e com o Partido Socialista a evidenciar uma queda de 13 pontos percentuais.

Frisando que os pensionistas representam “um grande núcleo eleitoral”, o comentador da SIC realçou que o Governo “joga estes trunfos mais populares para tentar melhorar a sua imagem”, e “num cenário de eleições antecipadas, acho que já se percebeu que o Governo vai lançar mão de todas as folgas financeiras que existem no Estado, possíveis e imaginárias, para não perder o poder”.

Mas Marques Mendes considerou “uma medida justa” a decisão do Governo em aumentar pensionistas e reformados, frisando que este grupo “mais vulnerável” fica no próximo ano sem perda de poder de compra com um aumento médio de 12,7%, embora ligeiramente abaixo da inflação.

“Desta forma, o Governo assegurou também o critério de atualização das pensões para 2024, que ia ser outra polémica”, salientou.

Num cenário do atual executivo não chegar a 2026, “é clarinho que se houver dissolução do Governo e eleições antecipadas, Luís Montenegro, líder da oposição, não vai confrontar-se com um líder do PS chamado Pedro Nuno Santos ou Mariana Vieira da Silva, vai-se confrontar com António Costa”, sublinhou.

Sobre potenciais candidatos, e a disponibilidade manifestada por Francisco Assis de regresso à política, Marques Mendes disse não ter “dúvidas que deu um sinal que está a pensar em ser candidato à liderança do PS no pós-António Costa”.

Um caso destacado pelo comentador foi “uma das maiores trapalhadas” relacionadas com a TAP e com a divergência

A “verdadeira razão” para o Governo ter mudado de opinião e decidir esta semana avançar com aumentos de reformas “é porque está preocupado com um cenário de eleições antecipadas, e tem boas razões para se preocupar”, destacou Luís Marques Mendes, no seu habitual espaço de comentário no Jornal da Noite da SIC ao domingo.

Marques Mendes revelou que esta segunda-feira, 24 de abril, vai ser divulgada uma sondagem do Diário de Notícias e Jornal de Notícias, realizada pela Aximage, “em que o PSD está ligeiramente à frente, em três décimas, do PS, pela primeira vez nos últimos anos”, e com o Partido Socialista a evidenciar uma queda de 13 pontos percentuais.

Frisando que os pensionistas representam “um grande núcleo eleitoral”, o comentador da SIC realçou que o Governo “joga estes trunfos mais populares para tentar melhorar a sua imagem”, e “num cenário de eleições antecipadas, acho que já se percebeu que o Governo vai lançar mão de todas as folgas financeiras que existem no Estado, possíveis e imaginárias, para não perder o poder”.

Mas Marques Mendes considerou “uma medida justa” a decisão do Governo em aumentar pensionistas e reformados, frisando que este grupo “mais vulnerável” fica no próximo ano sem perda de poder de compra com um aumento médio de 12,7%, embora ligeiramente abaixo da inflação.

“Desta forma, o Governo assegurou também o critério de atualização das pensões para 2024, que ia ser outra polémica”, salientou.

Num cenário do atual executivo não chegar a 2026, “é clarinho que se houver dissolução do Governo e eleições antecipadas, Luís Montenegro, líder da oposição, não vai confrontar-se com um líder do PS chamado Pedro Nuno Santos ou Mariana Vieira da Silva, vai-se confrontar com António Costa”, sublinhou.

Sobre potenciais candidatos, e a disponibilidade manifestada por Francisco Assis de regresso à política, Marques Mendes disse não ter “dúvidas que deu um sinal que está a pensar em ser candidato à liderança do PS no pós-António Costa”.

Um caso destacado pelo comentador foi “uma das maiores trapalhadas” relacionadas com a TAP e com a divergência de declarações entre “duas ministras importantíssimas” - Mariana Vieira da Silva, da Presidência, e Ana Marques Mendes, dos Assuntos Parlamentares - e outro ministro igualmente “importantíssimo” - Fernando Medina, das Finanças - sobre a existência de pareceres jurídicos para afastar a atual CEO da transportadora.

Questionado sobre se havia ou não pareceres jurídicos para afastar os gestores da TAP, Marques Mendes opinou que “acho que há pareceres, mas são desfavoráveis à posição do Governo, que portanto não os pode divulgar para não fragilizar a sua posição”.

“Isto mina mais a imagem do Governo do que se pensa”, frisou, lembrando que “a TAP já foi cemitério de pelo menos dois membros do Governo”.

Sobre a atual visita do Presidente do Brasil, Marques Mendes sustentou que “foi um erro Portugal misturar uma visita desta natureza com as comemorações do 25 de abril, era inevitável gerar polémica”.

Mas também considerou que as declarações que Lula da Silva fez há pouco tempo na China sobre os países que apoiam a Ucrânia foram “incendiárias”, e Marcelo Rebelo de Sousa e o Primeiro-Ministro "fizeram bem" em demarcar-se desta posição.

“As duas coisas fizeram com que uma visita, que podia ter sido um sucesso, ficasse ensombrada”, e as comemorações do 25 de abril ficaram igualmente “ensombradas” e marcadas por “crispação e clivagem”. Como concluíu Marques Mendes, “é caso para dizer: não havia necessidade”.

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