Os transportes públicos coletivos urbanos tutelados pelo Governo continuam a recuperar passageiros, depois da descida acentuada devido à pandemia. Nos primeiros três meses do ano, a procura aumentou 43% face ao mesmo período de 2022, segundo os dados divulgados esta terça-feira pelo Ministério do Ambiente e da Ação Climática.
Os dados provisórios entre 1 de janeiro e 31 de março dizem respeito ao Metropolitano de Lisboa, ao Metropolitano do Porto e à Soflusa/Transtejo. E mostram que, no total, nestes três transportes, a procura está 2% acima dos primeiros três meses de 2019, embora nessa altura ainda não estivesse em vigor o programa de Apoio à Redução Tarifária nos Transportes Públicos (PART), que reduziu o preço dos passes e aumentou a utilização dos transportes.
No entanto, segundo o Ministério, a "procura no Metro de Lisboa e na Transtejo/Soflusa ainda está, respetivamente, 3% e 2% abaixo da verificada em 2019, quando a operação das empresas ainda não tinha sido afetada pela pandemia de covid-19". Já no que diz respeito ao Metro do Porto, o número de passageiros no primeiro trimestre deste ano superou em 16% a procura registada no mesmo período de 2019.
De acordo com os dados disponibilizados pela tutela, desde o início do ano e até 31 de março, aquelas três empresas transportaram 64,75 milhões de passageiros.
O Ministério indica também na nota que, no quadriénio 2019-2022, através do PART, do Programa de Apoio à Densificação e Reforço da Oferta de Transporte Público (PROTransP) e de dotações extra para manter a oferta durante o período de pandemia, mobilizou mais de 905 milhões de euros para os transportes públicos.
Na nota é referido que, na Lei do Orçamento do Estado de 2023, ficaram inscritos 138,6 milhões de euros para o PART. "A estas verbas acrescem mais 50 milhões de euros, para assegurar a manutenção dos preços vigentes em 2022 dos passes de transportes públicos, e mais 60 milhões de euros, no caso de ser necessário assegurar os níveis de oferta nos sistemas de transportes públicos abrangidos pelo PART, ainda afetados pelos efeitos da perda de procura decorrente da pandemia", acrescenta.
O Ministério indica ainda que o PROTransP mantém a verba de 20 milhões de euros, reforçada em 2022.
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