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IPO do Porto apela à dádiva regular de sangue e plaquetas

IPO do Porto apela à dádiva regular de sangue e plaquetas
Mikhail Tereshchenko

Há uma baixa "significativa" de dádivas de sangue: em 2022, o IPO do Porto registou 8427 dádivas, o que corresponde a menos 15,4% do que no ano anterior

O Instituto Português de Oncologia (IPO) do Porto registou, de 2021 para 2022, uma baixa de dádivas de sangue de 15,4%. Um valor "significativo" que quer corrigir com um apelo à doação, sobretudo junto dos jovens, foi divulgado esta segunda-feira.

"Não há falta de sangue, há uma baixa significativa. Nunca esteve em causa qualquer tratamento, mas temos de antecipar para que corra tudo bem", disse à agência Lusa a diretora do serviço de Imuno-hemoterapia do IPO do Porto, Luísa Lopes dos Santos.

Hoje, dia em que se assinala o Dia Nacional do Dador de Sangue, o IPO do Porto está a apelar à dádiva de sangue e de plaquetas que pode ser feita de segunda a sexta-feira, entre as 08:30 e as 19:00, e aos sábados, das 08:30 às 12:30. No site do Instituto Português do Sangue e da Transplantação pode encontrar informações sobre as dádivas em todo o país.

Dados enviados à Lusa mostram que, em 2022, o IPO do Porto registou 8427 dádivas, o que corresponde a menos 15,4% do que no ano anterior.

Desse número, 1323 foram de componentes plaquetários por aférese.

O instituto destaca que registou 1236 novos dadores, no entanto, frisou o apelo à manutenção dos dadores regulares.

"O IPO do Porto apela a uma dádiva mais frequente ao longo do ano e ainda para a importância de garantir um aumento mais sustentado de novos dadores com realce para as camadas mais jovens", lê-se no texto partilhado com a Lusa.

Segundo o IPO do Porto, "a nível nacional, tem-se vindo a verificar uma redução de dádivas e o IPO do Porto não é exceção", razão pela qual, e voltando a salvaguardar que "o tratamento dos doentes desta instituição nunca esteve nem está em causa", Luísa Lopes dos Santos frisou o apelo "à dádiva altruísta".

"É preciso também desmistificar o processo de dádiva de plaquetas, que é um processo simples, sem risco e seguro para os dadores", acrescentou.

A médica recordou que "a terapêutica transfusional é indispensável no tratamento do doente oncológico, nomeadamente na quimioterapia, radioterapia, transplante de medula óssea e na cirurgia". ´

"E esta terapêutica tem na sua essência o altruísmo dos dadores benévolos", sublinhou.

O IPO do Porto necessita de componentes sanguíneos "seguros e eficazes", em quantidade suficiente para responder às necessidades transfusionais dos mais de 2.000 doentes que, anualmente, necessitam de transfusões de componentes sanguíneos.

Hoje os dadores que se deslocarem ao serviço de Imuno-hemoterapia do IPO do Porto serão brindados com um momento musical e uma pequena oferta simbólica.

O Dia Nacional do Dador de Sangue que hoje se comemora serve para homenagear os dadores que cumprem o seu dever de cidadania com um gesto simples e altruísta, sendo este um gesto capaz de salvar vidas.

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