A ministra do Trabalho e da Segurança Social, Ana Mendes Godinho, revelou, esta terça-feira na Comissão de Trabalho, Segurança Social e Inclusão, que foi feita uma visita de acompanhamento no ano passado ao lar da Lourinhã, mas não desvendou as conclusões da mesma.
A ministra respondia ao deputado social-democrata Nuno Carvalho, que questionou Mendes Godinho sobre a existência de ações de acompanhamento do lar em causa e quando foi a última.
Ana Mendes Godinho indicou que “a situação que foi identificada no lar da Lourinhã teve prontamente intervenção por parte da Segurança Social”. “Eu dei orientações mal soube da reportagem. Dei orientações de fiscalização com carácter de urgência”, disse, sendo que a fiscalização ainda está a decorrer. “Reitero que esta é uma situação inaceitável e como sociedade nenhum de nós aceita”, afirmou.
A ministra revelou, ainda, que foi feita uma ação de acompanhamento em 2022 em conjunto com o ministério da Saúde (as ações passaram a ser conjuntas em contexto de pandemia). Porém, não partilhou as conclusões dessa mesma visita, indicando que “enquanto decorre um processo de fiscalização não devemos partilhar dados sobre o processo”.
Em causa está a emissão de uma reportagem da SIC, no domingo, onde são relatados alegados maus tratos e negligência num lar no Vimeiro. De acordo com as denúncias conhecidas, no ‘Delicado Raminho', onde vivem cerca de 60 utentes, há falta de higiene, pensos que não são trocados, luvas descartáveis utilizadas na prestação de cuidados a vários idosos (como mudança de fraldas), refeições pobres confecionadas com restos e engordadas com farinha de trigo, galão do pequeno-almoço feito com borras do café, falta de banhos ou dados com água fria porque a caldeira está avariada, roupa lavada sem detergente, entre outras.
Além da fiscalização de urgência, o Ministério Público abriu um inquérito sobre o processo.
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