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Tratado do Alto Mar permite acelerar o compromisso internacional de proteger 30% dos oceanos até 2030

A Reserva Natural das ilhas Selvagens, na Madeira, é a maior área protegida da Europa e do Atlântico Norte
A Reserva Natural das ilhas Selvagens, na Madeira, é a maior área protegida da Europa e do Atlântico Norte
Emanuel Gonçalves, Fundação Oceano Azul

Ao fim de quase duas décadas de negociações foi finalmente alcançado um “acordo histórico” para proteger as águas do alto mar. Ambientalistas e cientistas esperam que permita acelerar a concretização de proteção de 30% das áreas marinhas internacionais e também das nacionais até 2030. Portugal ainda só classificou 7% do seu mar e a UE (no seu conjunto) cerca de 10%, mas em apenas 1% é proibida a pesca de arrasto ou outras atividades extrativas.

O texto foi fechado na madrugada deste domingo, depois de duas semanas de discussão multilateral intensa e de uma maratona final de 35 horas na sede da Organização das Nações Unidas (ONU) em Nova Iorque.

Passaram entretanto mais de 15 anos de promessas até este dia em que as nações presentes acordaram finalmente um Tratado para o Alto Mar, considerado “histórico” porque abre a porta a uma nova era de proteção da biodiversidade dos oceanos.

O novo tratado vai permitir criar novas áreas marinhas protegidas em águas internacionais e os respetivos planos de gestão”, sublinha ao Expresso Catarina Grilo, dirigente da Associação Natureza Portugal/World Wilde Fund (ANP/WWF).

O acordo é crucial para reforçar o compromisso de classificar como áreas marinhas protegidas (AMP) 30% das águas internacionais, já que até agora não existia um mecanismo legal para tal. Agora vai ser criada uma conferência das partes (COP), como as que existem para o clima e para a biodiversidade, de modo a negociar os passos seguintes.

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