21 janeiro 2023 17:58

João Vasconcelos, de 23 anos, é programador numa empresa norte-americana e costuma trabalhar a partir de um café em Lisboa
antónio pedro ferreira
Cada vez mais portugueses são recrutados para trabalhar à distância para o estrangeiro. Chegam a receber o dobro e nem precisam de emigrar. A tendência está a crescer e já ameaça as empresas nacionais
21 janeiro 2023 17:58
Há um ano e meio, João Vasconcelos, recém-licenciado em Engenharia Informática, recebeu quase em simultâneo duas propostas de trabalho para a mesma função vindas de empresas da mesma área — uma portuguesa e outra norte-americana. Não hesitou. O ordenado oferecido pela estrangeira era substancialmente mais alto e nem precisava de emigrar. Podia trabalhar à distância, perto da família e dos amigos, mas com condições bem melhores do que teria no mercado nacional. Era o melhor de dois mundos. E cada vez mais portugueses estão a seguir esse caminho. A tendência de “trabalhar para fora cá dentro” começou há alguns anos, sobretudo no sector tecnológico, mas cresceu bastante com a pandemia e a generalização do trabalho remoto. Já abrange muitas outras áreas e ninguém duvida de que irá generalizar-se.
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