Buscas no mar da Nazaré parcialmente suspensas durante a noite: "Temos de ir avaliando o que o mar nos vai dizendo"
Três naúfragos continuam desaparecidos. Destroços foram identificados em terra e no mar
Os meios terrestres e o helicóptero que participaram este sábado nas buscas dos três tripulantes da embarcação desaparecida ao largo na Nazaré suspenderam os trabalhos ao fim da tarde, informou o capitão do porto da Nazaré.
"Até ao pôr-do-sol, não houve mais nenhum desenvolvimento", disse Mário Lopes Figueiredo à agência Lusa, indicando que "o esforço de buscas foi interrompido" pelos meios terrestres e um helicóptero 'Koala' da Força Aérea Portuguesa.
“As condição vão alterar-se, o vento vai rodar para sueste com uma intensididade bastante forte. Temos de ir avaliando o que o mar nos vai dizendo e atuar em conformidade”, disse por seu lado o comandante Pedro Costa, do porto da Figueira da Foz, em declarações à SIC
No mar, contudo, vai continuar durante a noite a corveta da Marinha NRP João Roby, devendo a totalidade dos meios recomeçar a atividade no domingo ao nascer do dia, referiu. "Vamos retomar as buscas com o mesmo dispositivo logo que tenhamos luz", disse o capitão do porto da Nazaré, no distrito de Leiria. Essa corveta identificou algum material flutuante no mar, anunciou Pedro Costa à SIC. O local onde foram vistos esses destroços “ficava no enfiamento da zona em terra em que os bombeiros tinham identificado algum material da parte da manhã”, acrescentou. A norte da praia do Pedrógão, apareceram durante a manhã "vários aprestos marítimos da embarcação", nomeadamente redes, cabos, algumas peças de iluminação e tábuas, segundo Mário Lopes Figueiredo.
O alerta para o desaparecimento da embarcação "Letícia Clara", propriedade de um armador de Vila do Conde, foi dado ao comando local da Polícia Marítima da Nazaré, na sexta-feira, cerca das 14h15.
O único sobrevivente do naufrágio é o mestre do barco, que conseguiu chegar a nado à praia do Pedrógão, concelho de Leiria, cerca das 18h20 de sexta-feira. Além do mestre, estavam no "Letícia Clara" mais três tripulantes, dois homens de nacionalidade indonésia e um marroquino, que continuam desaparecidos.
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