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Natal: portugueses dão este ano presentes úteis ou “mais baratos” e a maioria definiu um orçamento para as compras

Natal: portugueses dão este ano presentes úteis ou “mais baratos” e a maioria definiu um orçamento para as compras
Freestocks/Unsplash

Segundo um estudo realizado em 17 países, incluindo vários europeus e os Estados Unidos, Portugal tem a maior percentagem de consumidores sensíveis ao aumento geral dos preços e a quererem gastar menos dinheiro nas festas natalícias, fazendo listas de compras e definindo um orçamento

Os portugueses são o povo mais cauteloso nos gastos associados às festas de Natal, tendo em conta o panorama económico marcado pela inflação e as incertezas com a guerra na Ucrânia, segundo um estudo que compara 17 países, incluindo Europa, Estados Unidos e Austrália, com base em inquéritos a 17.390 pessoas, em que se incluem mais de 1000 portugueses.

A pesquisa foi realizada pela Klarna, ‘fintech’ especializada em soluções de crédito ao consumo sem taxas ou juros, presente em 45 países e que trabalha com mais de 450 mil operadores de retalho.

Portugal é o país que evidencia a maior percentagem de consumidores a querer gastar menos nas compras natalícias, com 89% dos inquiridos a enfatizar o impacto geral de preços. Logo a seguir a Portugal, também Espanha, Reino Unido e Áustria se destacam pela sua população pretender ser mais contida neste tipo de gastos, com 25% dos consumidores a afirmar que vai gastar menos este ano em compras ou presentes, segundo o estudo.

Uma das diferenças mais notórias este ano é que os portugueses revelam querer planear melhor os gastos, definindo um orçamento antes de começarem as compras de Natal, o que é evidenciado por 62% das mulheres e a uma taxa que é ainda maior nos homens, atingindo 69%.

Planear melhor as compras também significa dar presentes mais ‘racionais’ ou que não resultem em desperdício, e neste campo os portugueses também parecem estar atentos: 70% dizem que vão tentar comprar presentes mais baratos para dar à família ou aos amigos, 68% avançam que irãio optar por prendas que sejam “úteis e de utulização diária”, e 50% das pessoas garantem que só irão comprar produtos tendo a certeza que as pessoas a quem os vão oferecer irão usá-los, e que não resultem em ‘monos’ ou dinheiro esbanjado à toa.

Cerca de 68% dos portugueses adiantam que irão reduzir este ano as despesas de Natal em produtos que não são essenciais, e 51% dizem que vão comprar menos coisas do que é habitual.

Ainda assim, 61% dos portugueses inquiridos no estudo dizem que irão gastar no próximo Natal um valor semelhante a anos anteriores, até com 7% a dizerem que irão gastar mais. Mas no cômputo geral, 32% das pessoas dizem que irão gastar menos, e é esta taxa que se destaca no comparativo com os países europeus, além dos Estados Unidos ou Austália, considerados no estudo.

A forma como as pessoas pretendem pagar este ano as compras de Natal também é relevante, e 52% dos portugueses dizem que vão optar por soluções ‘Buy Now Pay Later’ (BNPL), havendo 15% a referir que vão utilizar cartões de crédito.

O destaque vai para o facto de no ano passado ter havido “38% dos portugueses que usaram cartão de crédito para as compras de Natal, pagaram taxas e juros", e este ano. “87% estão a evitar usar o cartão de crédito”, segundo realça o estudo - apontando ainda que “56% dos inquiridos diz que seria útil ter uma aplicação que ajudasse na gestão do orçamento para este Natal”.

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