Obrigar as grávidas a pagar taxas moderadores sempre que acorrerem às urgências hospitalares sem critérios de gravidade que o justifiquem é mais uma das propostas do grupo peritos encarregue de reformular os serviços e mais uma sobre a qual o Governo mantém o sigilo. Tal como a possibilidade de encerrar urgências obstétricas, seis em todo o país, os co-pagamentos a exigir às grávidas serão “alvo de debate público”, garante o ministro da Saúde.
Manuel Pizarro explicou na manhã desta quarta-feira no Parlamento que “há um conjunto de propostas” e que “quando houver um relatório, será alvo de debate público”. O ministro refutou a existência de secretismo em torno da proposta, liderada pelo diretor da Obstetrícia do Centro Hospitalar de Lisboa Norte, Diogo Ayres de Campos, justificando-se com a ausência de um documento concreto, além de um conjunto de medidas.
Sobre as ideias avulsas que têm vindo a público desde o final do verão, quando o relatório foi entregue ao Governo, o ministro foi taxativo: “Os peritos técnicos têm toda a liberdade para exprimirem a sua opinião.” E, acrescentou: “Insisto, Portugal tem dos melhores índices de saúde materna no mundo e vai continuar a ter. O resto é ‘espuma dos dias’.”
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