5 novembro 2022 8:16

Ricardo Grizonic é responsável em Portugal pela Loka, empresa norte-americana de IT. O trabalho é 100% remoto e as semanas alternam entre quatro e cinco dias. Os funcionários juntam-se quando querem num espaço de cowork em Lisboa
“Pelo contexto em que vivemos, pela aceleração tecnológica, pelas expectativas das novas gerações, que já ‘não vivem para o trabalho’ e que privilegiam mais o tempo, não tenho dúvida de que será inevitável. Nós só decidimos antecipar-nos ao futuro”, diz Sérgio Vieira
5 novembro 2022 8:16
O futuro chegou mais cedo à gráfica online 360imprimir. Há um mês, a empresa decidiu reduzir de cinco para quatro dias a semana de trabalho dos quase 200 funcionários, tornando-se uma das primeiras, senão a única desta dimensão, a aplicar o modelo que tem sido discutido em cada vez mais países e que o Governo quer agora testar em Portugal. A maioria dos trabalhadores começa o fim de semana à sexta-feira, enquanto os que lidam mais com clientes gozam a folga extra de forma rotativa ao longo da semana. Todos acrescentaram um dia ao tempo de lazer, sem cortes salariais. “Estão satisfeitíssimos”, garante o diretor, Sérgio Vieira, convicto de que “é apenas uma questão de tempo” até este regime se generalizar.
“Pelo contexto em que vivemos, pela aceleração tecnológica, pelas expectativas das novas gerações, que já ‘não vivem para o trabalho’ e que privilegiam mais o tempo, não tenho dúvida de que será inevitável. Nós só decidimos antecipar-nos ao futuro”, diz. Nos quatro dias de trabalho, o horário passou de oito para nove horas, mas o responsável acredita que esta hora adicional não implica mudanças na rotina da maioria dos trabalhadores, já que era o tempo que perdiam nas deslocações diárias para os escritórios, em Lisboa e Braga, encerrados em setembro, quando a empresa avançou para o teletrabalho.
Este é um artigo do semanário Expresso. Clique AQUI para continuar a ler.