29 outubro 2022 11:18
Durante o julgamento de João Carreira, o avô garantiu que o neto não seria capaz de matar alguém
29 outubro 2022 11:18
Durante o julgamento do suspeito de planear um ataque terrorista na Universidade de Lisboa, um psiquiatra forense ouvido em tribunal acredita que o jovem pode ser responsabilizado por aquilo que fez. Os familiares de João Carreira também foram ouvidos em tribunal e a mãe jurou que o filho tem um “coração de ouro”.
O autismo e a depressão não foram considerados suficientemente profundos para bloquearem o discernimento de João Carreira, que queria matar, pelo menos, três colegas da faculdade.
O psiquiatra forense defendeu que o rapaz de 19 anos pode arcar com as consequências do seu plano terrorista.
Uma amiga nepalesa de João Carreira também foi ouvida em tribunal, onde confirmou que o arguido partilhou com ela o plano do ataque marcado para o dia 11 de fevereiro e fotografias das armas, mas sempre desvalorizou por considerar que se tratava de uam brincadeira.
A mãe de João Carreira falou em tribunal e jurou que o filho tem um “coração de ouro” e, além disso, nem gosta de ver sangue. O avô de 90 anos mostrou-se emocionado perante o juiz e garantiu que o neto não seria capaz de matar alguém.
A detenção do jovem ocorreu no dia 10 de fevereiro, após indicação do FBI (que surgiu a partir de uma denúncia de um utilizador) e na véspera da data que tinha definido para levar a cabo o ataque ao estabelecimento de ensino superior que frequentava.
Além de armas proibidas - entre as quais uma besta e várias facas - foram apreendidos outros artigos, "suscetíveis de serem usados na prática de crimes violentos" e vasta documentação, "além um plano escrito com os detalhes da ação criminal a desencadear", segundo a nota divulgada então pela PJ.