Doze distritos do continente sob aviso amarelo devido à chuva
Viseu, Porto, Guarda, Vila Real, Viana do Castelo, Aveiro, Castelo Branco, Coimbra e Braga vão estar sob aviso amarelo até às 12h00 de hoje e Santarém, Lisboa e Leiria até às 09h00
Doze distritos de Portugal continental estão hoje sob aviso amarelo devido à previsão de períodos de chuva ou aguaceiros por vezes fortes, que podem ser acompanhados de trovoada, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
Os distritos de Viseu, Porto, Guarda, Vila Real, Viana do Castelo, Aveiro, Castelo Branco, Coimbra e Braga vão estar sob aviso amarelo até às 12:00 de hoje e Santarém, Lisboa e Leiria até às 09:00.
O aviso amarelo é emitido pelo IPMA sempre que existe uma situação de risco para determinadas atividades dependentes da situação meteorológica.
O IPMA prevê para hoje no continente céu muito nublado, precipitação, por vezes forte no litoral Norte e Centro, vento do quadrante sul, por vezes forte no litoral Norte e Centro e nas terras altas, neblina ou nevoeiro em alguns locais.
A previsão aponta ainda para uma pequena subida da temperatura máxima no interior.
As temperaturas mínimas vão oscilar entre os 10 graus Celsius (em Bragança) e os 17 (em Lisboa) e as máximas entre os 20 (na Guarda) e os 29 (em Évora, Setúbal e Santarém).
[07:39, 25/10/2022] Cristina Pombo: Centro hospitalar Lisboa Central abre Clínica da Diversidade de Género
Lisboa, 25 out 2022 (Lusa) – O Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central (CHULC) inaugura hoje a Clínica da Diversidade de Género, que pretende oferecer uma resposta multidisciplinar às necessidades em saúde da população transgénero e melhorar a acessibilidade geográfica e assistencial a estes cuidados.
A Clínica da Diversidade de Género, aberta em parceria com o Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa (CHPL), assenta num modelo multidisciplinar e colaborativo “muito orientado para os cuidados e o percurso individual de cada pessoa transgénero”, disse à agência Lusa a coordenadora da nova unidade, Mariana Silva.
“A ideia [de criar este serviço] surgiu para melhorar a acessibilidade das pessoas em termos de intervenções médico-cirúrgicas, além do acompanhamento em psicologia, psiquiatria e endocrinologia que já tinham no Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa”, disse a psiquiatra no CHULC.
Outro dos objetivos é tentar reduzir os tempos de espera para realizar as intervenções, uma vez que são pessoas que estão “em grande sofrimento”.
“São pessoas que no seu dia-a-dia são muito expostas a discriminações de vários tipos (…) e daí a importância de fazer este acompanhamento de forma precoce”, para tentar limitar “o maior número de barreiras” no seu percurso e nos objetivos que têm em termos da sua afirmação de género.
Com este serviço, disse Mariana Silva, também se pretende quebrar as “muitas barreiras” que ainda existem no acesso a estes cuidados mais específicos, como apontam muitos estudos nacionais, que, enfatizou, surgem muitas vezes do desconhecimento de as pessoas não saberem que resposta dar.
“Até a estratégia da Direção-Geral da Saúde para as pessoas LGBTI, de 2019, falava sobre este aspeto, que é no fundo os serviços fazerem um investimento no sentido de prestarem cuidados otimizados” a esta população e estarem preparados para conhecerem a sua especificidade.
Apesar de estar aberta a utentes de todo o país, a clínica destina-se principalmente aos residentes em Lisboa e Vale do Tejo e no sul do país, que eram habitualmente referenciados para o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) para realizar intervenções cirúrgicas.
A referenciação para a clínica será feita pelo Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa e o percurso da pessoa transgénero no CHULC será acompanhado pelo “enfermeiro gestor de caso”, uma figura central na organização dos cuidados.
A clínica reúne 14 especialidades e irá ter várias fases de desenvolvimento. Nesta primeira fase, irá avançar-se com a cirurgia mamária, a terapia da voz e a Medicina Interna.
Numa fase posterior, pretende-se alargar a intervenção à cirurgia maxilo-facial, à urologia, à ginecologia e à cirurgia de reatribuição sexual, que neste momento é realizada em Coimbra.
“É um projeto a longo prazo porque temos poucas pessoas no Serviço Nacional de Saúde a realizar estas intervenções. Isto significará também haver pessoas a fazer formação, eventualmente até no estrangeiro, para adquirirem outras competências, para depois se poder alargar o projeto” no sentido de todo o acompanhamento necessário ser feito no CHULC.
Questionada sobre se há uma estimativa de quantas pessoas poderão ser atendidas na clínica, a psiquiatra disse que “é difícil apontar um número”.
No ano passado, 300 pessoas transgénero estavam a realizar ou a iniciar terapia hormonal no Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa, “um universo populacional bastante significativo”.
Mariana Silva disse, contudo, que “nem todas vão recorrer a intervenções cirúrgicas”, comentando que “é uma decisão muito pessoal”.
Sobre quem recorre a estes cuidados, disse que tem vindo a observar-se uma mudança: “Enquanto há uns anos era uma população à volta dos 30, 40 anos, agora é uma população bastante mais jovem na casa dos 20 anos e até com menos de 18 anos”.
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