“Faltam dados” para afirmar que há mais moscas domésticas em Portugal — “a única prova que existe são as queixas das pessoas”. Ainda assim, a maior presença destes insetos pode dever-se às temperaturas ainda elevadas nesta altura do ano: “dão-se bem nos novos ambientes que criamos”, explica um entomologista
Jornalista
São vários os relatos de pessoas que dizem notar mais moscas do que habitual nesta altura do ano, sobretudo em Lisboa. Não há evidências científicas que comprovem que estes insetos estão mesmo a aumentar — “a única prova que existe são as queixas das pessoas”, diz o entomologista Filipe Lopes ao Expresso. Ainda assim, um fator pode explicar por que razão as moscas domésticas parecem mais presentes neste outono: a temperatura acima do normal.
“Quando se chega aos meses em que fica frio e chove, o número de moscas reduz porque elas deixam de ter condições ideais para se multiplicarem de forma tão eficiente”, começa por explicar o especialista em insetos. Assim, em setembro e outubro nota-se uma redução destas populações. Mas graças às alterações climáticas e, em concreto, ao aquecimento global, a temperatura está mais elevada, permitindo às moscas continuarem por perto.
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