Sociedade

Metro Sul do Tejo pode ter "fortes perturbações no serviço" devido a greve

No início de outubro foi anunciada uma greve para exigir a abertura de negociações, aumentos salariais, a progressão na carreira e melhor manutenção dos equipamentos

A Metro Transportes do Sul alertou hoje para a possibilidade de "fortes perturbações no serviço" do Metro Sul do Tejo a partir das 17:00 de terça-feira, devido a uma greve de trabalhadores com que a empresa se afirmou surpreendida.

Em comunicado, a MTS, empresa que explora o sistema de transporte público do denominado metro ligeiro de superfície nos concelhos de Almada e Seixal, no distrito de Setúbal, acusou o Sindicato dos Maquinistas de ser intransigente e de não aceitar negociar.

“A Metro Transportes do Sul (MTS) foi surpreendida por um pré-aviso de greve convocada pelo Sindicato dos Maquinistas (SMAQ) para os dias 18, 19, 20 e 21 de outubro, designadamente às horas extra a 18 e 21 e a todo o serviço a 19 e 20, apesar da disponibilidade da empresa para negociar”, refere a transportadora.

No início de outubro foi anunciada uma greve para exigir a abertura de negociações, aumentos salariais, a progressão na carreira e melhor manutenção dos equipamentos.

Em comunicado, o Sindicato dos Maquinistas explicou que a paralisação surge “dada a persistente recusa da administração da MTS em negociar com o SMAQ um acordo de empresa que vá ao encontro das justas reivindicações dos trabalhadores”.

A empresa assegura que tem mantido com o SMAQ e demais sindicatos representativos dos trabalhadores da empresa uma postura de diálogo constante, nunca tendo recusado qualquer reunião ou análise de casos concretos propostos pelas estruturas dos trabalhadores e “mantendo agora toda a disponibilidade para chegar a um acordo com o SMAQ de forma a manter a paz social na empresa”.

Segundo a MTS, foi proposto um aumento salarial em linha com as orientações do Governo para o setor privado e há disponibilidade para, dentro das capacidades da empresa, melhorar as condições de trabalho numa negociação com o sindicato.

A empresa garantiu que propôs a fixação de um calendário de curto prazo para negociar estas matérias com o SMAQ e que o sindicado recusou as propostas sem apresentar qualquer contraproposta, decidindo manter a greve.

“Lamenta-se, assim, a intransigência do SMAQ, a incapacidade para apresentar propostas enquadráveis na realidade da MTS e a indisponibilidade recente para o diálogo”, refere, adiantando que aguarda a definição dos serviços mínimos para os dias de greve.

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