Sociedade

Trabalhadores aderem a 100% à greve da Transtejo que vai durar toda a semana

Passageiros da Transtejo durante uma viagem para Cacilhas, em abril de 2020
Passageiros da Transtejo durante uma viagem para Cacilhas, em abril de 2020
ANTÓNIO PEDRO SANTOS

Paralisação do pessoal que assegura as ligações fluviais entre Lisboa e a margem sul levou esta segunda-feira ao encerramento das estações entre as 7h e as 10h da manhã, o que se estenderá ao período da tarde, entre as 16 e as 19h

A greve de três horas por turno dos trabalhadores da Transtejo, que assegura as ligações fluviais entre Lisboa e a Margem Sul, para pedir aumentos salariais, registou hoje de manhã uma adesão de 100%, segundo fonte sindical.

“A greve teve uma adesão de 100% entre as 7h00 e as 10h00. As estações estiveram encerradas”, adiantou Paulo Lopes, da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans), acrescentando que os trabalhadores vão voltar a parar três horas entre as 16h00 e as 19h00.

Os trabalhadores da Transtejo iniciaram hoje uma greve de três horas por turno, no início dos turnos da manhã e da tarde, durante cinco dias, para reivindicar aumentos salariais, queixando-se dos aumentos do custo de vida.

Após um plenário no final de setembro, Carlos Costa, da Fectrans, adiantou à agência Lusa que os trabalhadores haviam decidido levar a cabo mais uma paralisação parcial entre os dias 10 e 14 de outubro.

“A nossa expectativa é conseguir o reinício das negociações com o Governo e com a administração. Mantém-se a intransigência governamental e do conselho de administração nos 0,9% (percentagem de aumento aceite) e não passa disso. A inflação já vai à volta dos 8% e, por isso, a proposta de 0,9% é irrelevante para o poder de compra atual”, argumentou então.

A empresa confirmou que a greve será de três horas por turno de serviço e a todo o trabalho suplementar entre as 0 horas de hoje e as 24h00 do dia 14 de outubro, salientando que as negociações com os sindicatos continuam a decorrer.

A Transtejo é responsável pelas ligações do Seixal, Montijo, Cacilhas e Trafaria/Porto Brandão, no distrito de Setúbal, a Lisboa.

Esta empresa partilha o conselho de administração com a Soflusa, responsável pela travessia entre o Barreiro, no distrito de Setúbal, e o Terreiro do Paço, em Lisboa.

Os trabalhadores de ambas as empresas têm levado a cabo nos últimos meses várias ações de luta, reivindicando uma valorização salarial e a contratação de funcionários.

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