A câmara de Paris voltou atrás no projeto de construir quatro prédios à volta da Torre Eiffel destinados a atividades turísticas, após protestos populares nos últimos meses, que culminaram numa petição contra esta medida, que reuniu 150 mil assinaturas.
O aspeto mais questionado pela população foi o facto desta construção envolver o corte de cerca de duas dezenas de árvores velhas, consideradas históricas, junto à principal atração de Paris, que é anualmente visitada por mais de sete milhões de pessoas..
O plano da câmara de Paris era o de construir quatro prédios junto à torre Eiffel com vista a albergar lojas, um café, entre outras facilidades turísticas, como instalações de casas de banho.
Os novos edifícios integravam um plano paisagístico muito maior para o local, e que a câmara da capital francesa quer acelerar no objetivo de ficar concluído até à realização dos Jogos Olímpicos de Paris em 2024.
O plano paisagístico para a área junto à torre Eiffel inclui uma área com 54 hectares, atualmente atravessada por estradas, mas que se prevê vir a ser reconvertida num espaço pedestre e com ciclovias, o que envolve a criação de uma série de áreas verdes.
O vice-presidente da câmara de Paris, Emmanuel Grégoire, anunciou que o município tinha “cancelado completamente qualquer projeto de construção ao pé da torre”, mas frisou que o plano “de paisagismo vai ser mantido”.
Sobre os protestos populares que antecederam esta decisão, o responsável da câmara de Paris realçou que “não estamos a ceder a pressões, queremos é que o projeto não seja manchado por controvérsia”.
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