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Presidente da Área Metropolitana do Porto considera que taxa de gestão de resíduos não se revela "muito eficaz"

Presidente da Área Metropolitana do Porto considera que taxa de gestão de resíduos não se revela "muito eficaz"
Ricardo Castelo/NFactos

Presidente da AMP disse ser "altura" de avaliar a implementação da TGR para projetar o ano de 2023 e perceber se “é verdade que imputar taxas aos cidadãos pode eventualmente ajudar a alterar comportamentos”

O presidente da Área Metropolitana do Porto (AMP), Eduardo Vítor Rodrigues, afirmou esta sexta-feira que a taxa de gestão de resíduos (TGR) "não se revela muito eficaz" e resulta num "incremento" de despesa para os municípios.

"Verdadeiramente, o que aconteceu na AMP e nas demais CIM [Comunidades Intermunicipais] do país foi que, quem internalizou esse aumento foram os municípios e, portanto, das duas uma, ou temos capacidade para fazer ações pedagógicas, de sensibilização, melhorar o sistema de recolha, e para isso precisamos de investir, ou então temos de investir a pagar taxas", afirmou Eduardo Vítor Rodrigues, à margem da reunião do Conselho Metropolitano do Porto.

Aos jornalistas, o presidente da AMP disse ser "altura" de avaliar a implementação da TGR para projetar o ano de 2023 e perceber se "é verdade que imputar taxas aos cidadãos pode eventualmente ajudar a alterar comportamentos".

"A minha convicção é que mais depressa se alteram comportamentos fazendo boas ações pedagógicas e tendo bom serviço. Aí sim, o cidadão sente-se responsável. A mera lógica do pagar para mudar comportamentos é uma lógica que não se revela muito eficaz e é um incremento aos municípios que, sabendo disto, não imputam ao cidadão e internalizam no seu próprio orçamento os pagamentos", acrescentou.

Eduardo Vítor Rodrigues salientou ainda que os resultados da avaliação da implementação deste modelo nos 17 municípios da AMP permitirão "discutir com o Governo os ajustamentos devidos".

"Acho que vamos ser bem-sucedidos porque no fundo, unem-nos os mesmos objetivos, diminuir os resíduos indiferenciados, aumentar os biorresíduos e o seu tratamento, e aumentar os recicláveis", destacou.

A Taxa de Gestão de Resíduos (TGR) é cobrada em função da quantidade de resíduos que são depositados em aterro, incinerados ou valorizados energeticamente.

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