O Hospital de S. João, no Porto, está a recorrer a médicos internos - com formação insuficiente à exigida nas regras - para completar as escalas do serviço de Urgência de Ginecologia/Obstetrícia. Segundo o “Jornal de Notícias”, o Sindicato Independente dos Médicos (SIM) denunciou mais de 20 irregularidades este mês.
As regras definidas pelo colégio desta especialidade da Ordem dos Médicos (OM) definem que as escalas de urgências têm de ter um mínimo de quatro especialistas em presença física. O último especialista pode ser substituído por um interno da especialidade do 2.º ao 6.º ano. O terceiro pode, em caso excecional, ser substituído por um do 5.º ou do 6.º ano. No entanto, em 22 turnos (noturnos e diurnos) deste mês, há internos do 1.º ano a substituir o quarto especialista.
Miguel Guimarães, bastonário da OM, considera que a situação “é grave”. O hospital reconhece a falha, apresentando uma solução para a mesma. “Uma vez que algumas das equipas têm internos de 4.º ano como terceiro elemento e 1.º ano como quarto elemento, haverá um especialista que poderá dar apoio, caso o chefe de equipa ache necessário”.
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