Novo texto da eutanásia vai incluir a obrigatoriedade de um psicólogo em todo o processo
Até agora os textos apenas referiam a obrigatoriedade de ter um médico e um enfermeiro a acompanhar o processo
O novo texto da eutanásia vai incluir a obrigatoriedade de um psicólogo acompanhar todo o processo. A informação foi avançada pela deputada socialista Isabel Moreira durante a audição de duas responsáveis da associação no grupo de trabalho sobre a legalização da eutanásia. Segundo o jornal “Público”, esta era uma das reivindicações da Associação de Psicólogos Católicos sobre a regulamentação do pedido de morte medicamente assistida.
A Comissão de Verificação e Avaliação dos Procedimentos Clínicos de Morte Medicamente Assistida (CVA) deverá, então, incluir um psicólogo, como defendia a Ordem dos Psicólogos. Até agora os textos apenas referiam a obrigatoriedade de ter um médico e um enfermeiro a acompanhar o processo.
A psicóloga Maria Costa Duarte justificou a necessidade de o processo incluir um psicólogo, uma vez que o texto que vai ser votado implica os critérios da existência de doença incurável e lesão definitiva de gravidade extrema que causam sofrimento de grande intensidade e eventualmente perda de dignidade. Se esse “sofrimento físico, psicológico e espiritual considerado intolerável pelo doente decorre de uma perceção e sentimento absolutamente individual”, terão os médicos orientadores e especialista na patologia do doente “a competência clínica baseada em investigação científica e consolidada na formação específica para avaliar a capacidade de o doente tomar a decisão de pedir a morte"? Maria Costa Duarte defende que é neste ponto que se torna fundamental a participação do psicólogo.
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