Sociedade

Polícias municipais em greve de 24 horas para reivindicar aumentos salariais

Polícias municipais em greve de 24 horas para reivindicar aumentos salariais
RICARDO CASTELO / NFACTOS

O presidente do Sindicato Nacional das Polícias Municipais acusa os diferentes governos de se “esquecerem” destes agentes, ao contrário do que acontece com outros grupos profissionais

Os polícias municipais realizam esta quarta-feira uma greve de 24 horas para exigir a regulamentação da carreira e aumentos salariais, concentrando-se, em protesto, junto à residência oficial do primeiro-ministro, em Lisboa.

Em declarações à Lusa, o presidente do Sindicato Nacional das Polícias Municipais (SNPM), Pedro Oliveira, explicou estar a “contar com uma adesão de 90% e com a participação em Lisboa de cerca de 500 agentes”, adiantando ter “cinco autocarros cheios”.

Atualmente, existem cerca de 900 agentes das polícias municipais, a trabalhar em 37 autarquias do país.

De acordo com o sindicalista, os agentes sentem-se “desrespeitados e menosprezados”, uma vez que “a sua carreira profissional não está a ser valorizada, lembrando que os profissionais “estão a trabalhar com um salário que dista apenas sete euros do ordenado mínimo nacional”.

“A carreira dos polícias municipais no regime geral está por regulamentar desde 2009. Estamos há 13 anos a aguardar pela regulamentação. Nasceu com salários muito parcos, as progressões são lentas e as alterações de escalão muito baixas”, descreveu Pedro Oliveira.

O presidente do SNPM acusa os diferentes governos de se “esquecerem” destes agentes, ao contrário do que acontece com outros grupos profissionais.

“O nosso salário no início da carreira era o equiparado ao assistente técnico. Eles andaram a negociar a alteração dos índices do início das carreiras da administração pública. Os técnicos superiores foram aumentados e, mais uma vez, se esqueceram dos agentes da polícia municipal”, criticou.

“É a polícia mais barata que existe. Não existe na Europa polícia que ganhe menos e que tenha menos respeito por parte da entidade patronal, administração pública. Isto em termos de inflação, agora, torna-se totalmente insuportável”, alertou.

Devido a estas condições, Pedro Oliveira estima que nos últimos tempos abandonaram esta profissão cerca de 400 agentes.

Os agentes concentram-se a partir das 11:30 no Largo de Santos, partindo cerca das 12:00 em marcha de protesto em direção à residência oficial do primeiro-ministro, António Costa, em São Bento.

No dia 03 de outubro, o SNPM será recebido pelo secretário de Estado da Administração Local, Carlos Miguel.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: clubeexpresso@expresso.impresa.pt

Comentários

Assine e junte-se ao novo fórum de comentários

Conheça a opinião de outros assinantes do Expresso e as respostas dos nossos jornalistas. Exclusivo para assinantes

Já é Assinante?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para se juntar ao debate
+ Vistas