Sociedade

“Danielle” está a chegar, e é preciso atenção ao que esta tempestade pode trazer

Um automóvel passa por uma estrada alagada por fortes chuvas, na zona de Belém, em Lisboa
Um automóvel passa por uma estrada alagada por fortes chuvas, na zona de Belém, em Lisboa
ANTÓNIO PEDRO SANTOS / LUSA

A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil alerta para as “condições meteorológicas adversas” que a tempestade “Danielle” pode trazer esta segunda e terça-feiras. Prevê-se risco de inundações e galgamentos costeiros

Chuva intensa, trovoada e vento forte é o que o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) prevê que se abata sobre o território continental, do litoral para o interior, a partir desta segunda-feira.

A tempestade “Danielle” está a chegar e, perante a possibilidade de “chuva intensa em curtos períodos e rajadas de origem convectiva, em especial nas regiões do Norte, Centro e entre os distritos de Lisboa e Setúbal”, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) avançou este domingo com um “aviso à população”.

A intensa precipitação poderá levar, segundo a ANEPC, a cheias nas zonas historicamente identificadas como “vulneráveis a inundações e em particular em bacias hidrográficas não regularizadas e de escoamento rápido”.

A chuva e o vento fortes podem igualmente causar queda de ramos ou árvores, possíveis acidentes na orla costeira; e dificuldades de drenagem em sistemas urbanos, sobretudo quando conjugados com maré cheia.

Outro dos riscos salientados é a possibilidade de “contaminação de fontes de água potável por inertes resultantes de incêndios rurais”. Ou seja, o risco de haver torrentes que arrastem lamas e cinzas para rios e albufeiras de onde se capta água para consumo humano, como as bacias do Zêzere e do Mondego afetadas pelo grande incêndio de agosto na Serra da Estrela.

Apesar da humidade do ar aumentar, o IPMA considera que não será o suficiente para travar incêndios, dada a secura em que se encontra a vegetação, especialmente no interior do Norte e Centro, “onde o risco de incêndio rural se mantém”

Meia dúzia de conselhos

A ANEPC recomenda que nas zonas que podem vir a ser mais fustigadas, a população fixe andaimes, placards e outras estruturas suspensas; tenha “especial cuidado na circulação e permanência” junto de áreas arborizadas; e junto da orla costeira e de zonas ribeirinhas historicamente mais vulneráveis.

Passeios à beira-mar, pesca desportiva e desportos náuticos são desaconselhados.

Já aconselhada é uma condução defensiva, sem pisar no acelerador, devido à possibilidade de formação de lençóis de água nas vias e ao risco de “haver arrastamento de pessoas ou viaturas para buracos no pavimento ou caixas de esgoto abertas”.

As previsões do IPMA apontam para “vento do quadrante Sul, mais intenso durante o dia de amanhã e de terça-feira, 13 de setembro, a soprar por vezes forte (até 40 km/h) na faixa costeira ocidental, com rajadas até 65 km/h, e sendo por vezes forte (até 50 km/h) nas terras altas, com rajadas até 80 km/h”. Também avisam que haverá “ondulação de Oeste/Noroeste", esta segunda-feira, "com uma altura significativa até 3,5 metros, em especial na costa oeste da região Sul e na noite de 12 para 13”.


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