Sociedade

Apresentação do plano de poupança de energia adiada: ministro adianta que luzes decorativas e climatização de edifícios vão ser reduzidas

Duarte Cordeiro nas históricas escadas do Ministério do Ambiente, na Rua do Século, em Lisboa
Duarte Cordeiro nas históricas escadas do Ministério do Ambiente, na Rua do Século, em Lisboa

Várias das medidas do plano apresentado pela ADENE para poupar energia não passaram no Conselho de Ministros e nada foi adiantado de concreto sobre as recomendações para o sector privado e para os municípios. A nova versão será conhecida “mais tarde”

Como parecia adivinhar na véspera o ministro do Ambiente e da Ação Climática, o Conselho de Ministros desta quinta-feira não correu bem no que toca à concretização de medidas para poupar energia. O plano de poupança de energia para 2022 e 2023 continua a não ser tornado público e terá de ser “reformulado”, já que nem todas as medidas agradaram aos colegas de Governo. As medidas só entram em vigor quando o plano final for aprovado

Duarte Cordeiro apenas anunciou que o plano dirige medidas obrigatórias para administração pública e recomendações para os municípios e para o sector privado e que resulta do trabalho feito pela ADENE (Agência para a Energia).

Entre o pouco que concretizou no briefing no final do Conselho de Ministros, o governante referiu que “haverá diminuição das horas em que luzes decorativas estão ligadas”, designadamente “depois da meia noite” e que haverá redução de consumos na climatização de edifícios.

Apesar de não concretizar quais, o ministro disse que “as medidas produzem efeitos positivos, porque permitem poupanças de consumos e poupanças financeiras”. Segundo Duarte Cordeiro, “o plano vai enquadrar medidas que já estavam a ser implementadas e acrescentar novas e “enquadra-se no compromisso de atingir uma meta de reduzir 5% de consumo face aos últimos cinco anos”. E que só haverá necessidade de “medidas de redução coerciva”, se a recomendação de redução de consumo de energia de 7% se vier a tornar mandatória.

Em resposta aos jornalistas, Duarte Cordeiro disse que houve uma reunião com a Associação Nacional de Municípios Portugueses e que esta revelou que “as medidas são desejadas” e que “o que interessa é que contribuam para acrescentar à poupança que já temos e que é muito significativa”

O ministro relembrou que os dados deste ano “revelam redução do consumo de 20% do gás, não considerando o que é usado para a produção elétrica” e que, “até final do ano conseguiremos atingir uma redução de 5% da média dos últimos cinco anos”, com acréscimo da potência de energia fotovoltaica e outras medidas do PRR.

Do Conselho de Ministros também saíram decisões que preveem criar “uma reserva estratégica de águas nas albufeiras associado a um critério adicional de segurança de energia”, anunciou Duarte Cordeiro. Será a APA que deverá determinar o nível desse caudal.


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