Crianças e jovens foram menos acompanhados pelo SNS em 2021

Percentagem de recém-nascidos com rastreio neonatal até ao 6.º dia de vida baixou, em 2021, para 82,3%. Dados são justificados, em parte, pelo “contexto pandémico”
As crianças e os jovens têm sido menos acompanhados pelos médicos no Serviço Nacional de Saúde (SNS). De acordo com dados do Relatório de 2021 de Acesso aos Cuidados de Saúde do SNS, a que o “Correio da Manhã” teve acesso, menos de metade (47,3%) das crianças de 2 anos têm acompanhamento adequado.
Também a percentagem de recém-nascidos com rastreio neonatal até ao 6.º dia de vida baixou em 2021: é de 82,3% em Portugal continental. Além disso, há menos bebés com consulta médica de vigilância até aos 28 dias de vida (85,4% no continente). Nas crianças entre os 5 e 7 anos e entre os 11 e os 14 anos houve uma diminuição das que têm a altura e o peso avaliados por um médico. No primeiro intervalo de idades, 68,5% de crianças dispõem dessa avaliação e no segundo apenas 49,8%.
Os dados são justificados pelo “contexto pandémico”, refere o relatório, publicado pela Administração Central do Sistema de Saúde. Contudo, o mesmo documento ressalva que “já anteriormente, à medida que as crianças crescem, se verificava que a taxa de utilização das consultas de vigilância infantil e juvenil dos cuidados de saúde primários tendia a decrescer”.
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