Um homem de 58 anos foi detido por suspeita de atear um fogo, no dia 12, em Vila do Carvalho, concelho da Covilhã, crime que pode ter sido motivado por mimetismo em relação aos grandes incêndios da região.
Em comunicado, a Polícia Judiciária (PJ) esclareceu que a deteção foi realizada através do Departamento de Investigação Criminal da Guarda e com a colaboração inicial do Destacamento Territorial da GNR da Covilhã, sendo o suspeito o presumível autor de um crime de incêndio florestal, ocorrido no dia 12, pelas 10h15, na localidade de Vila do Carvalho, no concelho da Covilhã.
A 6 de agosto, um incêndio também com origem na Vila do Carvalho, alastrou a toda a região da Serra da Estrela.
Este caso de dia 12, de acordo com a PJ, pode ter sido espoletado por este incêndio da Serra da Estrela.
“O incêndio foi iniciado por meio de chama direta, em terreno junto às traseiras da residência do suspeito e poderá ter sido motivado por razões de ordem mimética, decorrentes dos grandes incêndios já em curso, na mesma data e na mesma região”, referiu a PJ.
A PJ acrescentou que o detido tem 58 anos, é portador de doença do foro mental e foi já presente às competentes autoridades judiciárias e sujeito a interrogatório judicial.
Foi-lhe aplicada a medida de coação de internamento preventivo, em estabelecimento prisional.
De acordo com a informação, o fogo em causa foi combatido pelos bombeiros durante aproximadamente duas horas, tendo sido utilizado um meio aéreo também para esse efeito.
Outro detido, por suspeita de atear dois fogos em Valpaços
Um homem de 40 anos foi também detido por suspeita de ter ateado dois fogos florestais, na sexta-feira, no concelho de Valpaços, distrito de Vila Real.
O suspeito foi identificado e detido pela PJ de Vila Real em colaboração com a GNR de Carrazedo de Montenegro e vai ser presente a interrogatório judicial para aplicação das medidas de coação tidas por adequadas, segundo informa a PJ, em comunicado.
O detido é suspeito de ter ateado dois incêndios em área florestal na zona de Valpaços, que ocorreram na sexta-feira, cerca das 13h20, e “consumiram área de mancha florestal, constituída por mato e povoamento de castanheiros”, segundo a fonte.
De acordo com a PJ, “os incêndios colocaram em perigo vastas manchas florestais e agrícolas, constituídas por mato, povoamentos de castanheiro, amendoal e olival, bem como armazéns agrícolas e habitações”.
Os bens ameaçados são descritos como “de valor consideravelmente elevado” e, segundo a Polícia Judiciária, “apenas não foram consumidas devido à rápida deteção e combate pelos bombeiros”.
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