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Incêndios em Vila Real em fase de resolução, arderam cerca de 6000 hectares

Incêndios em Vila Real em fase de resolução, arderam cerca de 6000 hectares
PEDRO SARMENTO COSTA/Lusa

Segundo a Proteção Civil, para este incêndio estavam mobilizados, pelas 11h30, 337 operacionais, 96 viaturas e um helicóptero. Os meios vão permanecer no terreno em operações de consolidação, rescaldo e vigilância

O incêndio que deflagrou no domingo na Samardã, na serra do Alvão, em Vila Real, entrou em fase de resolução às 11:26 desta quarta-feira, segundo a Proteção Civil.

Os meios vão permanecer no terreno em operações de consolidação, rescaldo e vigilância.

Segundo o site da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), para este incêndio estavam mobilizados, pelas 11h30, 337 operacionais, 96 viaturas e um meio aéreo.

O presidente da Câmara de Vila Real contabilizou esta quarta-feira uma área ardida de cerca de 6000 hectares de mato e pinhal no incêndio que deflagrou no domingo na Samardã, na serra do Alvão, e provocou prejuízos "consideráveis".

“Neste momento temos cerca de 6000 hectares de área ardida. É muito e é preocupante, os prejuízos são, obviamente, consideráveis”, afirmou Rui Santos, que falava aos jornalistas no posto de comando instalado na aldeia de Benagouro.

O autarca disse que os prejuízos ainda não foram contabilizados, nomeadamente a área do Parque Natural do Alvão (PNA) afetada, mas destacou o facto de nenhuma casa de primeira habitação ter sido atingida, nem se ter verificado nenhum dano pessoal relevante.

No combate a esta ocorrência houve sete feridos ligeiros, seis bombeiros e um civil.

O alerta para o incêndio foi dado pelas 07h00 de domingo, na zona da Samardã, na serra do Alvão, ao início da noite de segunda-feira entrou em fase de rescaldo e na manhã de terça-feira foi dado um alerta para um fogo em Lamas de Olo, já no PNA, em área fora do perímetro do primeiro fogo.

Na terça-feira à tarde houve uma reativação na encosta contrária da serra, já virada à cidade de Vila Real. População e autarcas locais suspeitam de fogo posto nesta ocorrência que já está a ser investigada pela Polícia Judiciária (PJ).

Durante esta tarde decorrerá, em Vila Real, uma reunião com a ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, e os incêndios serão um dos assuntos da reunião.

“Estaremos nessa reunião para definir uma metodologia que nos permita fazer a avaliação dos prejuízos provocados por estes incêndios e definir os caminhos para o futuro, no sentido de compensar aqueles que tiveram prejuízos e precisam de ajuda, e definir aquilo que é necessário fazer neste território para que a atividade economia e humana possa voltar a decorrer com normalidade depois destes atos de terrorismo”, salientou.

Questionado sobre a possibilidade de também a Câmara de Vila Real pedir o estado de calamidade, à semelhança do que aconteceu na serra da Estrela, Rui Santos disse que, “independentemente da tipologia dos apoios que eventualmente venham a acontecer, o que é importante é que os apoios surjam”.

“Se esses apoios vêm através do mecanismo de calamidade ou de outro qualquer mecanismo isso não é relevante. Veremos as condições em concreto e avaliaremos o que se passou, mediremos com precisão o nível de prejuízos causados e sensibilizaremos o Estado central, o Governo, que agirá junto da União Europeia, para que se determine um nível de apoio adequado à nossa realidade”, afirmou.

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