Sociedade

Proposta de "prémio" no Orçamento de Estado para autarquias com menos incêndios foi chumbada em 2021

Proposta de "prémio" no Orçamento de Estado para autarquias com menos incêndios foi chumbada em 2021
NUNO ANDRÉ FERREIRA/Lusa

Incêndio da Serra da Estrela vai ser investigado por Comissão Nacional para a Gestão Integrada de Fogos Rurais

A Agência para a Gestão dos Incêndios Florestais propôs que as autarquias com menos incêndios e menos floresta ardida recebessem um prémio. “Fizemos uma proposta para o Orçamento do Estado no sentido de rever a lei das transferências para as autarquias, incluindo fundos comunitários, para atribuir um prémio às que têm menos incêndios e menos floresta ardida. Fizemos essa proposta no ano passado, mas não passou”, revela, em entrevista ao “Diário de Notícias", o presidente da agência, Tiago Oliveira.

Tiago Oliveira acredita que “os incentivos para se trabalhar nesta matéria não devem ser perversos, ou seja, devem premiar quem faz bem e penalizar quem faz mal". "Não pode ser a lógica de que o concelho que mais ardeu tem mais carros de bombeiros”, sublinha.

O presidente da Agência para a Gestão dos Incêndios Florestais também coordena a Comissão Nacional para a Gestão Integrada de Fogos Rurais, que vai fazer uma investigação aos grandes incêndios deste verão - e o fogo na Serra da Estrela será um dos que vai ser analisado.

"Não é uma comissão, é um grupo de trabalho técnico baseado em lições aprendidas e vai responder a uma comissão nacional que é um instrumento de governança do sistema", precisa o responsável, que pretende que se detetem aspetos que possam ser melhorados no combate e na prevenção de incêndios. “No mesmo dia, a cerca de 150 quilómetros, em Espanha, houve um incêndio que ardeu muito menos com meteorologia e vegetação semelhantes. É preciso perceber porquê”, destaca.

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