A resposta imunitária a uma infecção intestinal pode ser mais eficaz se houver mais açúcar nos intestinos, revela um estudo realizado em ratos por uma equipa do Instituto de Medicina Molecular João Lobo Antunes da Universidade de Lisboa (IMM). De acordo com o artigo publicado na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences, consultado pelo jornal “Público”, os linfócitos T presentes nos tecidos alimentam-se de glicose e, por isso, estão mais ativos se houver mais açúcar.
O objetivo do estudo foi perceber como é que os linfócitos residentes se alimentam. A equipa de investigadores, liderada por Marc Veldhoen, infetou os animais com um agente patogénico intestinal que provocou uma infecção já conhecida do grupo. "Desta forma conseguimos comparar os ratinhos nas mesmas circunstâncias”, diz Marc Veldhoen.
Estes animais consumiram “uma dose extra de açúcar na sua água”. “O que vimos é que essas células no intestino estão mais ativas e, como resultado, os ratinhos têm níveis mais baixos de infecção”, explica o investigador, acrescentando: “Conseguimos combater melhor a infecção assim, com mais açúcar”.
No entanto, Veldhoen alerta que ainda há muita investigação para fazer para confirmar os resultados e estudar eventuais aplicações em seres humanos.
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