Marinha impede trasfega de crude em águas da Madeira
Marinha identificou dois petroleiros que se preparavam "para a prática de abastecimento no mar e trasfega de crude entre navios"
A Marinha Portuguesa evitou uma trasfega de crude entre dois navios na Zona Económica Exclusiva da Madeira (ZEE). O anúncio foi feito esta segunda-feira, de acordo com o “Diário de Notícias”, numa nota divulgada nas redes sociais.
O Centro de Operações Marítimas da Marinha "detetou este domingo [14 de agosto] o movimento suspeito de dois navios petroleiros dentro das águas sob jurisdição nacional, pelo que o NRP Mondego [navio-patrulha atualmente afeto à zona marítima da Madeira e que assegura o patrulhamento e vigilância das águas do arquipélago] se dirigiu para o local". "Estes navios aparentavam um padrão de navegação que indiciava preparativos para a prática de abastecimento no mar e trasfega de crude entre navios”.
Um dos petroleiros, denominado Cristal Rose, das ilhas Marshall, assumiu que "se encontrava a aguardar instruções para realizar a atividade de trasfega de crude, tendo-lhe sido comunicado que Portugal, ao abrigo da Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar, não autoriza a realização de atividades de reabastecimento" na sua Zona Económica Exclusiva, dado o "risco potencial para a ocorrência de poluição no mar". O segundo chamava-se Natalina 7, sendo o proprietário da China. Ambos com pavilhão do Panamá.
Desde o início da guerra na Ucrânia, tal como noticiou o Expresso, a Marinha Portuguesa e a Autoridade Marítima aumentaram o patrulhamento do espaço marítimo nacional, nomeadamente na Zona Marítima da Madeira, com duas unidades navais “mais pequenas e rápidas”, e na Zona Marítima dos Açores, com um submarino.
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