Falta de exercício físico custa à economia portuguesa mais de 1500 milhões de euros por ano
Retoma da atividade dos ginásios pós-pandemia está a ser lenta: há menos praticantes e há quebras na faturação
A falta de exercício físico tem um impacto negativo de mais de 980 milhões de euros nos serviços de saúde, uma vez que, de acordo com o “Diário de Notícias”, este é o valor estimado anualmente para tratar e prestar assistência a pessoas com doenças relacionadas com a inatividade física. Segundo o mais recente estudo da Deloitte sobre a indústria do fitness, as faltas ao emprego por doença e o presenteísmo custam à economia portuguesa 1569 milhões de euros/ano.
Cada trabalhador português inativo custa 336 euros em cuidados de saúde e 806 euros em potencial perdido no aumento do PIB devido ao absentismo e à perda de produtividade. Fazendo as contas são 1142 euros de perdas anuais, ou seja, 7% do rendimento médio disponível per capita. "Por cada trabalhador inativo que se torne ativo, o governo tem um benefício potencial de 405 dólares [397 euros]", lê-se no relatório da Deloitte.
Contudo, a retoma da atividade dos ginásios pós-pandemia está a ser lenta e as receitas mantêm-se em queda. No último relatório, o setor do fitness gerou uma faturação de 165,3 milhões de euros, uma quebra de 43% em relação a 2019 (melhor ano de sempre da atividade). Há, ainda, menos praticantes. Segundo o Fact Sheet 2021 do Fitness, elaborado pela Universidade Autónoma de Lisboa para a Portugal Ativo (associação do setor), contavam-se no ano passado 465.600 pessoas inscritas em ginásios portugueses, menos 25.755 que em 2020 e menos 222.610 do que em 2019.
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